Metal mecânicas impulsionam exportações em SC


Há um ano, as empresas do polo metalmecânico do Norte do Estado estavam mergulhadas em problemas. A redução nos pedidos do exterior fez com que elas fossem obrigadas a reduzir a jornada de trabalho, os salários e, na pior das hipóteses, demitindo gente.

Hoje, o cenário é completamente diferente. São elas que estão puxando a retomada das exportações na região. No primeiro bimestre do ano, venderam US$ 190,5 milhões para os seus clientes no exterior, 18,7% a mais do que nos mesmos meses de 2009, segundo os números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). No mesmo período, as exportadoras catarinenses do Norte viram seu caixa ser reforçado em 5,4% com os negócios feitos lá fora.

As empresas do polo metalmecânico estão recuperando a posição de maiores exportadoras. No auge da crise, a Universal Leaf, que processa fumo, passou a ser a segunda maior exportadora de Joinville, à frente da Tupy. Com a forte retomada das vendas para o exterior - 72% no bimestre -, a empresa de fundição recuperou o posto perdido para a beneficiadora de fumo.

Duas empresas do setor na região entraram na lista das 40 maiores exportadoras catarinenses. A Arcelor Mittal, que tem uma unidade de laminação de aço em São Francisco do Sul, multiplicou por 49 o volume de exportações. E a Fabio Perini, de Joinville, que produz máquinas e equipamentos para a indústria papeleira, ampliou em quatro vezes o volume de mercadorias enviadas para o exterior.

Quem saiu da lista foi a Busscar. Mergulhada em problemas, a empresa que chegou a ter 30% do mercado nacional de carrocerias de ônibus desapareceu da lista das top 40, divulgadas mensalmente pela Secex. Seus produtos não aparecem mais na lista dos cem itens mais exportados pelo Estado.

No primeiro bimestre de 2009, a empresa era a 11ª maior exportadora catarinense. Carrocerias de ônibus com capacidade para mais de 10 passageiros eram o 16° produto mais importante produto da pauta de exportações.




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