Grupo britânico BG de óleo e gás vai instalar centro de pesquisas no Rio

Investimento pode chegar a US$ 2 bilhões até 2025

Com investimentos previstos entre US$ 1,5 bilhão e US$ 2 bilhões em pesquisas e desenvolvimento até 2025, o grupo britânico de petróleo e gás BG anunciou na tarde desta segunda-feira (11) a instalação de seu primeiro centro tecnológico no mundo, a ser construído na Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro.

O lançamento da pedra fundamental, nesta segunda, teve a presença do CEO do BG Group, Chris  Finlayson, que explicou  que o grupo será a primeira multinacional a ter seu único centro tecnológico no Brasil, concentrando todas as atividades de pesquisa e desenvolvimento do grupo no mundo.
 
O centro deve estar pronto em meados de 2014, informou o grupo. Finlayson anunciou ainda uma parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para colaboração na área de pesquisa multidisciplinar de reservas carbonáticas. A pesquisa visa a aprimorar a capacidade da indústria de prever as características dos reservatórios e melhorar o nível de recuperação de óleo.
 
Nelson Silva, presidente da BG Brasil, disse que o centro tecnológico tem entre seus objetivos aplicar tecnologia para aumentar conteúdo local, para que o Brasil possa ser competitivo no mercado internacional. “O Centro Tecnológico Global vai desempenhar papel importante no processo”, disse.
 
Maurício Guedes, diretor do Parque Tecnológico da UFRJ, disse que o parque completa em 2013 dez anos praticamente completo. “Estamos trabalhando em parceria com a prefeitura e o governo do estado para ampliar o parque, e isso já está acontecendo com a GE se instalando numa área que era do Exército”, explicou.
 
O CEO do grupo ressaltou que a prioridade do centro será o fortalecimento da cadeia de fornecimento para ser competitiva a nível mundial. "Vamos empreender todas as parcerias tecnológicas com operadores como a Petrobras, com os fornecedores internacionais, com a indústria para desenvolver produtos e serviços inovadores para o Brasil e para o mundo", disse.
 
Ele disse ainda que o grupo tem uma sólida parceria com a Agência Nacional de Petróleo (ANP) e que os esforços estão alinhados com os interesses do Brasil. "Nosso interesse é trazer o melhor para o Brasil e levar o melhor do Brasil para fora", concluiu.
 
O presidente da BG Brasil, Nelson Silva, confirmou nesta segunda (11) que o grupo vai participar da 11ª rodada de leilões de exploração de petróleo e gás anunciada para ser realizada em maio. O grupo quer disputar blocos na condição de operador. A expectativa da BG é estar produzindo, em 2020, 600 mil barris de óleo equivalente por dia.
 
Por Lilian Quaino/ G1