SKF terá centro de pesquisa no Rio

O centro será voltado para o setor de óleo e gás e será o quarto no mundo com esse perfil

O grupo sueco SKF, um dos maiores produtores de rolamentos do mundo, vai inaugurar, este ano, um centro de inovação tecnológico em serviços, voltado para o setor de óleo e gás, na cidade do Rio de Janeiro. Será o quarto no mundo com esse perfil. A unidade deverá ser instalada na Ilha do Fundão, zona norte da cidade do Rio, onde diversas companhias de petróleo como Petrobras, Schlumberger, FMC e Halliburton têm centros de pesquisa e inovação.

Hamilton Porciuncula, gerente do segmento de óleo e gás da SKF na América Latina, disse que a expectativa é que o investimento total e o local escolhido para a unidade sejam definidos até março. Inicialmente o centro terá, no mínimo, 400 metros quadrados e abrigará cerca de oito funcionários, podendo atingir cerca de 24 pesquisadores em dois anos. "Nosso investimento em inovação está em linha com a estratégia tão enfatizada pela presidente da Petrobras, Graças Foster, de aumentar a eficiência reduzindo custos", disse o executivo.
 
Atualmente, a SKF tem três centros de inovação tecnológica em serviços com foco no setor de óleo e gás nos Estados Unidos, em Cingapura e na Escócia. A Arábia Saudita também receberá um centro como esse ainda este ano. O grupo investe cerca de 1,5%, ao ano, do faturamento global em pesquisa e concentra todos os projetos globais de inovação na Holanda. Além das unidades focadas em óleo e gás, o grupo tem ainda 17 centros de pesquisa e desenvolvimento com foco na indústria pesada, em 15 países. Um deles fica no município de Cajamar (SP). Construída em 2009, a unidade custou cerca de R$ 5 milhões e tem hoje 2,5 mil metros quadrados.
 
A iniciativa de construção de uma unidade de pesquisa dirigida ao segmento de petróleo e gás faz parte dos planos da SKF, tradicionalmente fornecedora de equipamentos para a industria automotiva no Brasil, de expandir suas atividades nos atuais setores brasileiros de destaque: naval, óleo, gás e energia. "Estamos buscando expandir nossas atividades ligadas ao petróleo. O Brasil está em um momento muito bom", afirmou Porciuncula.
 
O executivo reiterou que os setores de petróleo, gás, energia e naval devem responder juntos por um faturamento de R$ 50 milhões na SKF Brasil em 2015, mais de quatro vezes a receita esperada pela empresa nesses setores para 2012, de R$ 12 milhões.
 
Presente em mais de 100 países, com mais de 120 unidades industriais, o faturamento mundial da SKF atingiu US$ 9,5 bilhões em 2011. O grupo chegou ao Brasil em 1915, oito anos depois de sua fundação. Em 2011, faturou cerca de R$ 800 milhões no país, onde tem duas fábricas na unidade industrial de Cajamar (SP), que produz rolamentos para veículos leves e pesados.
 
Por Marta Nogueira/ Valor Econômico
 
 
 

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