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Gladis Costa    |   14/07/2017   |   Marketing e Comportamento   |  

Mulheres no E-commerce

As mulheres compram mais do que os homens no e-commerce!

Para quem acompanha futebol, não é novidade que a  Rakuten, gigante japonesa de tecnologias para e-commerce, é a patrocinadora master do Barcelona por quatro temporadas. Porém, além de ter 80% do e-commerce passando por sua plataforma no Japão, a empresa, que atua no Brasil desde 2011, quando adquiriu a Ikeda, possui outros negócios em campo e no ar: para garantir a eficiência nas operações de logística, a Rakuten investiu na fabricação de drones e na aquisição de uma empresa de mapeamento aéreo, tudo para garantir que a experiência do consumidor seja bem-sucedida e que ele se sinta confortável para comprar novamente.  A empresa é proprietária de grandes players globais, como a plataforma para e-books Rakuten Kobo, o mensageiro instantâneo Rakuten Viber, o aplicativo para análise de padrões de consumo Rakuten Slice e o app Rakuten EBates. que oferece descontos ou cash online em cada compra.

 
A  Rakuten – palavra japonesa para otimismo – é uma espécie de Amazon oriental e tem projetos ousados: além de possuir um robusto ecossistema voltado para o bom funcionamento do e-commerce, a empresa, além do seu marketplace para os varejistas, oferece soluções de TI para pequenas e médias empresas através dos produtos Rakuten One e Rakuten Genesis, respectivamente, que permitem que varejistas de qualquer tamanho possam ter acesso a uma infraestrutura enxuta e ágil  para criar sua plataforma de e-commerce, por meio da compra do serviço no modelo SaaS. No Brasil, a empresa é responsável pelo e-commerce da Le Postiche, HOPE, Pague Menos, World Wine, Morena Rosa, Panasonic, dentre os 500 clientes no país, além de 50.000 lojas virtuais no mundo.
 
Quem conta a história e os planos da empresa no Brasil é Celina Ma, recém-apontada Head de Marketing. Celina é Engenheira de Produção e já trabalhou em diversas cidades do Brasil, Europa e Estados Unidos. Para ela, a carreira de engenharia não permitia que tivesse uma interface junto ao cliente final, analisando sua reação e acompanhando de perto seu comportamento de consumo, algo que sempre lhe atraiu, quando atuou em empresas de consultoria estratégica como a Monitor. O universo de e-commerce é familiar à executiva, que veio do Mercado Pago e que também atuou como Gerente Sênior na MasterCard.
 
A Rakuten se prepara para o lançamento em outubro do Rakuten Nexus, hub de integração com marketplaces para qualquer loja virtual (sendo ou não cliente da plataforma) e a organização da Rakuten Expo, no dia 5 de outubro em São Paulo, um dos maiores eventos voltados para o segmento de e-commerce.
 
Há 20 anos no Brasil, desde a época em que ainda se chamava Ikeda, a empresa já entende quais são os maiores desafios do setor e as expectativas do cliente, que cada vez mais confia no e-commerce para realizar suas compras. A cadeia, que envolve o processo de compra,  abrange questões ligadas à tecnologia, logística, compras e operações e deve estar perfeitamente integrada para que a experiência do comprador seja positiva e eficiente. Talvez seja esta percepção que tenha garantido à empresa pela segunda vez consecutiva o prêmio de melhor Plataforma de E-commerce de Varejo Nacional, o BR Week.

O e-commerce no país tem apresentado significativo crescimento. De acordo com pesquisa do  Ebit, empresa que analisa e estuda o mercado de varejo online, pelos menos 48 milhões de consumidores adquiriram algum produto por meio do comércio virtual, um crescimento de 22% em relação ao ano anterior.  O tíquete médio registrou alta de 8% , passando de R$ 388 para R$ 417. O segmento fechou o ano com um faturamento de R$ 44 bilhões, representando um incremento de 7.4%, de acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). A expectativa para 2017 é crescer 12%.
 
As mulheres no e-commerce
 
As mulheres compram mais do que homens, de acordo com a pesquisa realizada pelo Ebit, em seu relatório Webshoppers.  Elas tiveram uma participação de 51,6% contra 48,4% de homens, porém gastam menos que eles, o ticket médio é de R$ 289, enquanto que o deles é R$ 393, talvez em função dos itens adquiridos. Enquanto elas são fãs de produtos ligados a moda e acessórios, segmento líder em volume de pedidos, os homens compram mais eletrodomésticos e informática, que possuem maior valor agregado. As mulheres utilizam bastante os dispositivos mobile para suas compras online. De acordo com a mesma fonte,  65% das compras em smartphones e tablets foram realizadas por mulheres.
 
Sobre a presença feminina no ambiente de trabalho, perguntada sobre quais dicas Celina daria para as mulheres, a executiva foi rápida: “Educação continuada é a palavra de ordem: nunca deixe de se atualizar em sua área, estude, leia, faça networking com profissionais de seu segmento, interaja e aprenda. Se você tiver certeza sobre seu ponto de vista, seja assertiva, apresente de maneira lógica suas ideias e não deixe margem para dúvidas. O mundo dos negócios é muito ágil e requer respostas rápidas. Estas atitudes fazem toda a diferença no ambiente de trabalho”, conclui a executiva.
O conteúdo e a opinião expressa neste artigo não representam a opinião do Grupo CIMM e são de responsabilidade do autor.
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Gladis Costa

Gladis Costa é profissional da área de Comunicação e Marketing, com vivência em empresas globais de TI. É fundadora do maior grupo de Mulheres de Negócios do LinkedIn Brasil, que conta com mais de 6200 profissionais. Escreve regularmente sobre gestão, consumo, comportamento e marketing. É formada em Letras, e tem pós graduação em Jornalismo, Comunicação Social e MBA pela PUC São Paulo. É autora do livro "O Homem que Entendia as Mulheres", publicado pela All Print.


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