Tecnologia transforma garrafas PET em tecido

Biquínis e outras peças de moda praia são feitos a partir de garrafas PET que antes iriam parar no lixo

Fonte: Agência Fapesp - 06/06/07

Que tal ir à praia vestindo um biquíni feito com garrafas PET? O que parece uma idéia maluca, na verdade é resultado de alta tecnologia que transforma o que é jogado no lixo em fios de poliéster.

O Pólo de Confecção de Nova Friburgo, na região serrana do Rio de Janeiro, desenvolveu algumas peças conceituais para apresentar a novidade no 10º Fashion Business, maior feira de negócios da América Latina, que prossegue a quinta (7) na Marina da Glória, Rio de Janeiro. Paralelo a esse evento, acontece o Fashion Rio, que apresenta as tendências da moda Primavera-Verão 2007.

O reaproveitamento de garrafas PET é apenas uma das novidades do pólo. Há também as calcinhas feitas com fio de bambu, que tem uma capacidade de absorção de umidade quatro vezes maior que o algodão, e o lançamento do tecido 3D que mistura fibras de poliéster com espessuras diferentes. Usado normalmente para forrar o bojo do sutiã, esse novo material é tão maleável, que está sendo utilizado também na confecção de fitness e roupas de dormir.

Outro modelo que está chamando a atenção no evento é uma calcinha com forro de algodão e a parte externa de microfibra, uma mistura que ajuda a regular a temperatura do corpo, não marca a roupa e garante um conforto muito maior do que as peças convencionais.

"Todas as dezessete empresas do pólo se preocuparam em usar tecidos inteligentes que agreguem valor e sejam ecologicamente corretos", explica a gestora do projeto de confecção do Sebrae em Nova Friburgo e coordenadora do pólo de moda, Geisa Lobosco.
Com o tema Teconologicamente Correta, as empresas aceitaram o desafio lançado pelo Sebrae de trazer para o Fashion Business a temática do desenvolvimento sustentável e do respeito ao meio ambiente.

"Estes novos tecidos vão atender a necessidade de um público que se preocupa com o meio ambiente. Mesmo sendo novidade, o preço é acessível. Um conjunto de sutiã e calcinha, por exemplo, tem um preço apenas 20% mais caro que o tradicional", explica o empresário Paulo Carvalho da Delicato Lingerie, que está usando o fio de bambu em suas peças.

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