Okuma vai na direção contrária dos concorrentes

A empresa está apostando em máquinas sofisticadas, principalmente para o setor de geração de energia

Fotos: Divulgação

A crise econômica é passageira e, assim que o mercado reaquecer, as indústrias voltarão a investir em máquinas mais sofisticadas. Com base nesse posicionamento, a Okuma, especializada na fabricação de máquinas operatrizes, optou por continuar desenvolvendo equipamentos com tecnologia sofisticada, indo na direção contrária à dos seus principais concorrentes mundiais. “Muitas fabricantes estão mais focadas em passar pela crise, oferecendo máquinas mais simples e de baixo custo. A Okuma, em contrapartida, acredita que essa tendência é passageira e está se preparando para a retomada dos negócios, apostando principalmente no segmento de geração de energia”, adianta Carlos Eduardo Ibrahim, gerente de vendas para a América Latina da Okuma.

Esse direcionamento ficou ainda mais evidente durante a EMO 2009, uma das mais conceituadas e tradicionais feiras mundiais de máquinas-ferramentas, que reuniu em Milão (Itália), no período de 05 a 10 de outubro, mais de 124 mil visitantes de 99 países que foram conferir as novidades apresentadas por 1.400 companhias de 39 países. Enquanto as maiores fabricantes de máquinas operatrizes apresentaram em seus estandes produtos mais simples fabricados na China e de baixo custo, a Okuma lançou dois equipamentos altamente sofisticados - o torno VTR 160 e a máquina multitarefa Multus B750, com custos próximos ou superiores a US$ 1 milhão – e apresentou uma série de máquinas de última geração tecnológica.

“Muitas indústrias decidiram implantar fábricas na China para poderem oferecer ao mercado máquinas com menor preço e, em especial, ao setor automotivo que em função da crise quer disponibilizar carros mais baratos para compensar a diminuição das vendas ocorrida desde o final de 2008”, explica Ibrahim. De acordo com o gerente, a Okuma não fez isso. A empresa inclusive instalou uma fábrica na China há mais de 15 anos, mas as máquinas ali produzidas abastecem unicamente o mercado local.

Seguindo na contramão de seus principais concorrentes, a Okuma agregou nas máquinas recursos sofisticados de engenharia aplicada para melhorar o controle, oferecer maior conforto ao operador e aumentar a produtividade e confiabilidade. “Ao invés de simplificar, optamos por sofisticar os equipamentos tornando standard o que antes era opcional”, acrescenta Ibrahim. A estratégia é oferecer máquinas eficientes, capazes de executar - cada uma - o trabalho de duas máquinas mais baratas”, destaca Ibrahim.

O principal alvo da Okuma é o segmento de geração de energia, sobretudo dos países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), cujas expectativas de crescimento oscilam de 4% a 8% ao ano. “O aumento populacional nesses países irá impulsionar a criação de maior número de empresas, indústrias e moradias, o que em paralelo exigirá aumento da geração e distribuição de energia, propiciadas pelas matrizes hidroelétricas, eólicas, térmicas e de petróleo. E é nessa vertente que a Okuma está apostando”, destaca Ibrahim.

EMO 2009
Apesar da ausência de muitas empresas, principalmente da Alemanha e do Japão, e do encolhimento da metragem do tamanho da maioria dos estandes, a edição italiana da EMO pôde ser considerada um sucesso. Ainda sentindo os efeitos da crise econômica que começa a arrefecer nos EUA e a diminuir a passos lentos também na Europa, a feira reuniu mais de 124 mil visitantes e superou as expectativas de negócios. A Okuma foi uma das que conseguiu fechar vendas durante o evento e engatilhar uma série de negócios posteriores. Um dos seus  principais destaques foi o torno VTR 160 que apresenta dupla coluna, alta precisão e confiabilidade, além do controle THINC OSP-P200L, que apresenta display colorido de 15”, animação 3D em real time, 40 GByte de armazenagem total de dados, 512 MB DDR e capacidade de 2 MB de buffer, entre outras funcionalidades.

Outro lançamento na feira foi a máquina multitarefa Multus B750, desenvolvida sob o Thermo-Friendly Concept, que possibilita seu uso em ambientes hostis sem afetar a sua eficiência e precisão.

 


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