ArcelorMittal é pioneira do setor no comércio de carbono


A ArcelorMittal Tubarão é a primeira empresa do setor siderúrgico a comercializar créditos de carbono, com a venda de 450 mil créditos de carbono para o banco alemão Kreditanstalt fuer Wiederaufbau (KfW).

Os créditos são referentes a um projeto de recuperação de gases do efeito estufa provenientes dos processos de fabricação do aço na unidade Aciaria. Os gases são reaproveitados em quatro usinas termelétricas da ArcelorMittal Tubarão, que possuem capacidade instalada de 286 MW de geração de energia elétrica. Com a negociação, a empresa arrecadou US$ 5 milhões.

 “A valorização dos nossos créditos de carbono deve-se, principalmente, ao projeto da Aciaria, que já cumpriu todas as etapas da ONU e não dependemos de nenhuma outra ação para entregar os certificados ao comprador”, explica Rossi.

O projeto ainda tem mais 100 mil toneladas de crédito para serem comercializadas até 2012, que já estão sendo negociadas também com o banco KFW.

A ArcellorMittal tem outros dois projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) estão em andamento. O primeiro é o aproveitamento integral dos gases gerados na queima de carvão mineral, na Sol Coqueria Tubarão. O projeto está na fase de validação e deve ser registrado pela ONU em maio deste ano.

O processo de recuperação de calor, denominado heat recovery, produz 170 MW e tem potencial de reduzir 3,7 mil toneladas de CO2. A Sol Coqueria Tubarão é uma joint-venture formada pela ArcelorMittalTubarão, ArcelorMittal Belgo e a Sun Coke International e tem capacidade para produzir 1,5 milhão de toneladas de coque por ano.

O segundo projeto é o do Terminal de Barcaças Marítimas (Tbmar), que iniciou as operações em setembro de 2006 no complexo portuário de Tubarão, em Vitória, ES. Com investimento de R$ 15 milhões, o Tbmar foi construído para o transporte de 1,1 milhão de toneladas anuais de bobinas a quente para a ArcelorMittal Vega, em Santa Catarina. O projeto está em fase de avaliação da metodologia por parte da ONU e a previsão é que seja registrado pela entidade até o final deste ano.

Quatro barcaças estão em operação por meio do sistema de cabotagem, transportando o equivalente a 110 caminhões por dia, por 1.170 Km, entre as cidades de Vitória (ES) e São Francisco do Sul (SC). O deslocamento da carga via transporte marítimo contribuirá para a redução das emissões de GEE provenientes da queima dos combustíveis dos caminhões, que deixarão de circular nas estradas brasileiras. O transporte pelas barcaças também vai gerar uma economia de 60% em relação ao modal rodoviário. A estimativa é que sejam geradas 640 mil toneladas de créditos de carbono nos próximos dez anos.

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