Como transformar um indivíduo em líder através da neurociência

Neuroleadership: conceitos mostram como transformar um indivíduo de servidor em líder através da neurociência.

Existem questões de ordem mental e corporal que influenciam na personalidade e comportamento de um líder. Os genes são uma parte importante no modo como uma pessoa age, pois podem ser precursores para a personalidade e para causarem transtornos de personalidade, impactando no modo como o indivíduo interage com os outros. Como resultado, descobriu-se que os pilares essenciais que são o raciocínio crítico, poder de comunicação e linguagem corporal podem realizar um crescimento substancial nas habilidades de liderança, desde que se faça um treinamento consciente, e ao mesmo tempo é possível acontecer uma forma de epigênese no indivíduo.

Outro ponto é que é possível treinar a liderança e apresentamos meios para isso. Um estudo do Pós PhD Neurocientista Fabiano Abreu Agrela apontou como transformar um indivíduo de servidor em líder através da neurociência.

A produção está publicada no livro “Novas Tecnologias e as Competências Técnico-Científicos Nas Ciências Biológicas”, da Antena Editora.

O texto cita, como Travis Harung (2012), que o conceito mente-cérebro traduz a interação deste órgão com o mundo físico. A mente reflete o campo das ideias e pensamentos, que conduz a ação; o cérebro é mantenedor do funcionamento corporal, interagindo com o pensamento, através de impulsos eletroquímicos, com isso induzindo o movimento do corpo na concretização de ações físicas. Embora o corpo tenha um piloto automático denominado mente subconsciente, programação que é induzida pelo DNA, há comprovação de que o pensamento influencia na melhora comportamental e no sucesso do indivíduo.

Fatores genéticos influenciam na operação mental, traduzindo-se em comportamentos. É de conhecimento científico que os alelos conferem determinadas características individuais ao ser. Em alguns casos, podem atribuir características de transtornos de personalidade, de fala, condições mentais de baixa autoestima e timidez em excesso. Outro modo de transferência de características é a epigênese, onde uma pessoa adquire condições que são compartilhadas com seus filhos. São genes existentes no DNA, mas que estão desativados, sendo ativados pelo comportamento físico, como é o caso da má alimentação, que se traduz em doenças genéticas e são repassadas a descendentes”, completa outro trecho da publicação.


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A produção cita ainda que características genéticas podem afetar o desempenho em liderança e que características como o pensar de maneira mais assertiva, ter maior foco atencional, ser menos afetado por emoções, tem correlação com a transmissão de genes.

A obra conclui que é inegável que existem condições internas que influenciam na habilidade de liderança.

“Ela é uma mescla entre capacidades desenvolvidas e hereditárias. Alguns pontos não podem ser modificados, pois são genéticos; porém, com o entendimento de tais condições, utilizando-se testes próprios do cognitivo, é possível realizar treinamento mental com fins de interferir no padrão cerebral e fisiológico”, cita.

Como exemplo, Abreu cita que “a simples alteração de uma postura comum para a postura de poder, realiza uma transformação a nível de crenças, trazendo um comportamento mais assertivo e melhores habilidades sociais, impactando na produtividade em termos de liderança. Ainda assim, liderança pode ser treinada e cultivada. Existem ferramentas para mapear genes, áreas de ativação e autotestes. E através deles, traçar novos horizontes em termos de desenvolvimento de liderança”.

Imagem de capa: Depositphotos