Fimmepe movimenta R$ 90 milhões e supera expectativa de negócios

Fonte: Agência Sebrae de Notícias - 01/10/07

A 13 Edição da Feira Mecânica Nordeste – Fimmepe 2007, no Recife, gerou negócios da ordem de R$ 90 milhões, superando os R$ 80 milhões esperados pelos promotores do evento. Com 300 expositores, 30% a mais do que em 2006, e um público de 18 mil pessoas, a feira apresentou fabricantes de máquinas e equipamentos periféricos, transmissores, sistemas hidráulicos, e produtos de tecnologia que refletem mudanças no perfil da indústria regional, tanto para os grandes, quanto para os pequenos empreendedores.

Para o promotor da Fimmepe 2007, o presidente do Sindicato da Indústria Eletro-Metal-Mecânica de Pernambuco (Simmpe), Alexandre Valença, o resultado reflete o empenho dos empresários nordestinos em modernizar suas empresas, interessados em se tornar fornecedores dos grandes empreendimentos que estão chegando como a Refinaria Abreu e Lima, da Petrobras, e o Estaleiro Atlântico Sul, no Complexo Industrial e Portuário de Suape, em Pernambuco.

Para atender a esses empreendimentos, e outros esperados no Nordeste, a Coalizão Norte e Nordeste, que reúne os sindicatos da indústria eletro-metal-mecânica defende a articulação dos produtores que formariam consórcios para complementar às demandas. O processo, de acordo com Alexandre Valença, aproveita a expertise dos empresários em trabalhar em parcerias já que a sua produção do setor dificilmente tem condições de ser verticalizada. "Devemos promover seminários e atuar fortemente para que os grandes empreendedores façam aquisições de máquinas e equipamentos dos produtores locais", explica. Forte em caldeiraria pesada, a indústria de Pernambuco, segundo Valença, poderia se associar à da Bahia que tem expertise em usinagem.

A experiência dos empresários do Estado do Pará que ampliaram suas vendas para as grandes empresas da Vale do Rio Doce com um programa para desenvolver a produção capitaneado pela própria Vale, é um modelo, segundo os empresários, a ser adotado no Nordeste.

O Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF), desenvolvido em parceria entre a Federação da Indústria do Pará, o Sebrae e o governo estadual, criou condições para a indústria metal-mecânica do Pará atender à demanda surgida com a indústria pesada que cresce a partir da exploração de minérios. O secretário executivo do Sindicato da Indústria Metalúrgica, Mecânica e de Material Elétrico do Pará (Simepa), Carlos Auad, diz que, depois do PDF, lançado há cinco anos, os fabricantes ampliaram em 50% suas vendas para a Vale. "No começo, as máquinas vinham de fora, mas o PDF foi decisivo para mudar essa realidade e alavancar a produção do setor", afirma.

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