Mudança para aviões menos poluentes aumentará vendas, diz Airbus

A Airbus prevê uma expansão da demanda por jatos de substituição nas próximas duas décadas, com a troca de aviões menos eficientes em meio à flutuação dos preços dos combustíveis e à pressão para reduzir as emissões de dióxido de carbono.
A companhia europeia estima uma demanda por 14.210 aeronaves para substituir modelos antigos de passageiros e cargas até 2038, segundo projeções publicadas na quarta-feira, 31% a mais do que sua estimativa anterior para os próximos 20 anos. Espera-se que cerca de 8.500 jatos existentes permaneçam em serviço, uma queda de 20% em relação à previsão de 2018.

Companhias aéreas estão sob crescente pressão para reduzir a poluição, em linha com a tendência do setor automotivo e outros segmentos, que também se afastam dos combustíveis fósseis.

Embora aviões elétricos e híbridos viáveis estejam a décadas de distância, a renovação das frotas com jatos mais modernos, que consomem menos combustível, pode reduzir bastante as emissões de gases de efeito estufa e aumentar as margens de lucro.

A Airbus ainda espera uma enorme expansão da frota global, prevendo que as aéreas precisarão de 39.210 novos aviões no período. O volume seria 4,9% maior do que na previsão anterior, embora o número de jatos necessários para esse crescimento seja de 25 mil, uma redução de quase 6% em relação à estimativa anterior.

As vendas serão impulsionadas pela demanda da região da Ásia-Pacífico, com aeronaves de corpo estreito, como o A220, A320 e o 737 da Boeing, representando 75% do total, de acordo com a Airbus.

A Previsão de Mercado Global deste ano elimina a categoria de aeronaves muito grandes, o que reflete a decisão de descontinuar a produção do superjumbo A380 quando os pedidos existentes sejam atendidos. A Boeing tomou a mesma decisão em 2017 em suas projeções de 20 anos. A empresa europeia também não fornece mais um valuation estimado para o mercado e parou de publicar os preços de tabela das aeronaves.


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Ao todo, a Airbus estima que companhias aéreas em todo o mundo vão operar 47.680 aviões até 2038, mais do que o dobro dos 23.000 atualmente.