Conversões para GNV sobem 59% após alta nos preços da gasolina e do etanol

Ano de 2018 terminou com 2,25 milhões de veículos adaptados para serem abastecidos com gás natural

As conversões para GNV (gás natural veicular) apresentaram um aumento de 59% após a alta nos preços da gasolina e do etanol. O ano de 2018 terminou com 2,25 milhões de veículos adaptados para serem abastecidos com gás natural.

As informações foram divulgadas pela Abegás (Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado), em parceria com o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito). Comparado a 2017, o aumento foi de 178 mil veículos no ano.

Entretanto, a quantidade de veículos adaptados para GNV representa um percentual muito baixo comparado aos 100,7 milhões de veículos da frota brasileira, sendo 65,6 milhões de automóveis e caminhonetes. O total é de apenas 2,2%.

De acordo com a associação, o Rio de Janeiro é hoje o maior mercado consumidor de gás natural veicular, apesar de não ter o metro cúbico mais barato.

Uma reportagem do R7 mostra que os estados onde é mais caro abastecer com GNV são: Paraíba (R$ 3,71); Sergipe (R$ 3,69); Maranhão (R$ 3,59); Rio Grande do Norte (R$ 3,58); Ceará (R$ 3,57); e Alagoas (R$ 3,44).

Por sua vez, Pernambuco tinha o metro cúbico de GNV mais barato do país no último relatório da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), custando R$ 2,70. Em seguida, aparecem Santa Catarina (R$ 2,88); São Paulo (R$ 2,93); Mato Grosso do Sul (R$ 2,94); e Rio de Janeiro (R$ 3,10).

Em alguns estados, como Rio de Janeiro, Paraná e Alagoas há desconto do IPVA para motoristas que utilizam GNV. O objetivo é reduzir as emissões de dióxido de carbono. A redução pode chegar a 20%.

Ônibus

A Abegás está lutando para aplicar a política do uso do GNV em ônibus no Brasil. Em novembro de 2018, a associação entregou ao então presidente eleito, Jair Bolsonaro, uma proposta radical de substituição diesel por GNV em ônibus e caminhões do país.


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Em um documento de 52 páginas, intitulado “Uma indústria do Gás Natural Competitiva para o Brasil”, a Associação afirma que a medida traria ganho ambiental e economia de divisas, e sugere uma série de ideias para implementar uma política nacional de estímulo ao uso de gás natural.


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