Indústria da transformação deve puxar para baixo PIB paulista

Depois de um desempenho abaixo do esperado na indústria da transformação, a Fundação Seade, órgão da Secretaria de Planejamento e Gestão do Governo do Estado de São Paulo, revisou para baixo as estimativas para o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) no Estado em 2018 e 2019.

Neste ano, a perspectiva é que o PIB tenha encerrado dezembro com uma alta de 2,1%, ante aos 2,4% previstos antes. Para 2019, a projeção passou de 1,5% para 1,4%. Segundo a Seade, o resultado se dá em função da desaceleração da atividade paulista. Segundo a Fundação, destacam-se as desacelerações da indústria automotiva, de máquinas e equipamentos e de refino de petróleo, neste último caso, reflexo principalmente de incêndio ocorrido na refinaria de Paulínia.

Já a acentuada retração na indústria de alimentos está relacionada a uma menor produção de açúcar, em função dos preços menos favoráveis desta commodity no mercado internacional. Ao mesmo tempo, as retrações da extrativa mineral e da construção civil reforçam essa tendência.

Novembro

A entidade também divulgou que o PIB do Estado de São Paulo aumentou 0,8% entre outubro e novembro de 2018, na comparação livre dos efeitos sazonais, reflexo dos desempenhos positivos na indústria (0,1%), nos serviços (0,5%) e na agropecuária (0,8%).

Em relação ao mês anterior, a agropecuária registrou recuo (7,9%), seguida pela indústria (-2,9%), enquanto o setor de serviços mostrou avanço de 2,0%.

No acumulado de 12 meses, o PIB paulista avançou 1,8%, com crescimento da indústria de 1,3%, dos serviços de 1,9% e variação negativa da agropecuária de 1,7%. A taxa de crescimento no período vem diminuindo, sistematicamente, desde julho, afirma a entidade no levantamento.

A atividade econômica do Estado de São Paulo calculada com base na média móvel dos últimos três meses finalizados em novembro de 2018 retraiu-se em 0,1%, de acordo com a fundação. Ainda segundo o levantamento, a agropecuária apresentou aumento de 0,7% e o setor de serviços 0,1%. A indústria teve desempenho negativo de 0,8%.