Projeto conjunto de universidades analisa uso da High Speed Cutting

Universidades estudam a aplicação da tecnologia mais eficiente em processos de usinagem

Fonte: CIMM - 20/07/07

Desenvolvido pelo Dr. Carl Salomon na década de 20, a High Speed Cutting (HSC) é a tecnologia mais eficiente para os processos de usinagem atualmente. Voltada para indústrias que exigem velocidade de produção e precisão, proporciona redução do tempo de fabricação e dos custos, além de proporcionar maior qualidade de acabamento e menor distorção na peça final.

Trata-se de uma tecnologia em constante desenvolvimento que pode ser utilizada em diferentes processos de fabricação. Por essas razões, um projeto temático da Fapesp promove experimentos e estudos para a sua aplicação. Criado em 2000, o projeto é realizado em conjunto pela Universidade de São Paulo (USP) campus de São Carlos e de São Paulo, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e pela Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep) e recebe apoio do Instituto Fábrica do Milênio.

Nos processos de usinagem, o uso da HSC chega a eliminar ou diminuir em até 90% a necessidade de polimento das peças. “As ferramentarias nacionais que conseguem absorver a tecnologia se destacam. Adquirem potencial para concorrer com as indústrias européias e asiáticas”, observa Reginaldo Teixeira Coelho, professor doutor do laboratório de Otimização de Processos de Fabricação da USP de São Carlos.

Para a produção de um molde, por exemplo, o tempo de fabricação cai cerca de 50 a 60% em relação aos processos tradicionais. Além do tempo, a HSC amplia o alcance de aplicação dos moldes e matrizes. “A fabricação mais rápida resultando em produtos mais precisos faz com que os custos sejam rateados tornando viável a fabricação de moldes para quantidades menores de produtos. O que é inviável economicamente usando processos tradicionais”, afirma Reginaldo.
 
O projeto analisa, atualmente, a aplicação da tecnologia na produção de moldes de fundição para peças miniaturizadas, de um milímetro de comprimento, por exemplo. “Somente com a tecnologia High Speed é possível a produção desses moldes com o nível de precisão necessário”, diz Reginaldo.

Desenvolvido sempre em conjunto com representantes do setor, o projeto também conta com o apoio de empresas interessadas em adaptar a tecnologia, das áreas de ferramentaria, fabricação de máquinas e etc.


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