Bosch planeja investir cerca de R$ 150 mi na América Latina, em 2016

Empresa registra crescimento na região.

A Bosch cresceu mais do que o esperado na América Latina em 2015. Apesar do desenvolvimento econômico desfavorável na região, as vendas líquidas totais do Grupo Bosch, incluindo as exportações e as vendas das empresas coligadas, cresceram em torno de 6,6%, atingindo R$ 6 bilhões.

"Os negócios nos setores de Bens de Consumo, Energia e Tecnologia Pred ial e Te cnologia Industrial apresentam boas perspectivas e continuam a ser os importantes indutores do nosso desenvolvimento na região. Contudo, o segmento de Soluções para Mobilidade se manteve desafiador e impactou os nossos resultados, exceção para os negócios de reposição automotiva que registraram bom desenvolvimento em 2015", afirma presidente do Grupo Bosch América Latina, Besaliel Botelho.

As operações do Grupo Bosch no Brasil foram responsáveis por 80% do volume das vendas na América Latina, atingindo R$ 4,7 bilhões, sendo 30% gerados a partir das exportações. Os mercados da América Latina, Estados Unidos e Europa foram os principais destinos dos produtos e serviços da Bosch na região.

A situação econômica na América Latina tem imposto uma série de desafios para a Bosch assim como para outras empresas. "Acreditamos que a estabilidade política é crucial para retomar o crescimento da economia e recuperar a credibilidade dos investidores e dos consumid ores", ressalta Botelho.

Potencial da América Latina

A América Latina continua a ser uma região estratégica para a Bosch. Em 2016, a empresa espera um crescimento moderado na região pautado, principalmente, pelo aumento das exportações, alavancadas pelo efeito do câmbio, e o contínuo desenvolvimento dos negócios não automotivos. A Bosch está presente na América Latina desde o início do século 20, com operações na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Panamá, Peru e Venezuela.

Em 2015, a empresa abriu novos escritórios comerciais no Equador e Costa Rica. Ainda em 2016, a Bosch planeja iniciar suas operações no Uruguai. Países como Cuba, República Dominicana e Paraguai também são alvos de expansão no curto prazo, inclusive a Bosch já está explorando possíveis oportunidades em Cuba, por meio de distribuidores locais nos segmentos de autopeças e ferramentas elétricas. Com esses novos escritórios e representantes de vendas, a Bosch buscará reforçar sua estraté gia que é desenvolver soluções orientadas para o mercado.


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Novos negócios

Com o objetivo de atender à crescente demanda da indústria local por soluções completas em hardware e serviços, a Bosch constituiu uma nova subsidiária em setembro do ano passado, a Bosch Soluções Integradas do Brasil (BISB). Com sede em Campinas, a BISB fornece todas as soluções para projetos turnkey: design, processos, desenvolvimento,consultoria, assim como planejamento e execução de uma nova planta.

"A BISB completa a nossa estratégia de atender as diferentes demandas de nossos clientes com soluções turnkey para a indústria farmacêutica, assim como o fornecimento de soluções integradas para essas áreas de negócios", ressalta Botelho. "O novo negócio nos dará acesso a um dos maiores e mais promissores mercados no Brasil e na América Latina", completa o executivo. O portfólio da Bosch neste segmento de máquinas de embalagens inclui ainda sistemas e soluções completas para tratamento de úlceras gástricas e intestinais, o tratamento de doenças autoimunes, diabetes, oncologia, vacinas e oftalmologia.

Outro bom exemplo é a divisão Bosch Service Solutions, uma líder global no mercado de Outsourcing de Processos de Negócios, que expandiu sua atuação com a abertura, em 2015, de seu primeiro centro de serviços na Costa Rica. Esta unidade prestará serviços de finanças, contabilidade e operações técnicas para o Grupo Bosch na América do Norte, assim como para clientes externos.

Além disso, a estratégia de oferecer tecnologias e soluções de várias divisões de negócios da Bosch para projetos n os setor es de mineração, edifícios comerciais e para as indústrias de petróleo e gás se provaram consistentes e continuarão a ser uma importante alavanca de crescimento da Bosch na região.

Investimento

Nos últimos 10 anos, o Grupo Bosch investiu mais de R$ 1,7 bilhão em suas operações na América Latina. Em 2016, a empresa planeja investir cerca de R$ 150 milhões na região, principalmente na modernização de suas linhas de produção. Esses investimentos são importantes para a continuidade do desenvolvimento e da competitividade das unidades fabris da Bosch na América Latina.

Com isso, a empresa pretende reforçar a sua estratégia de localização para atender a demanda nos próximos anos por "Tecnologia para a vida", ou seja, produtos e serviços para maior eficiência energética, redução de emissões de CO2 e que proporcionem mais conforto, segurança e conectividade. "Queremos tornar a vida das pessoas m elhor e mais fácil", enfatizou Botelho.

Perspectivas

Após o recorde de 2015, o Grupo Bosch quer continuar sua trajetória de crescimento este ano. A líder global no fornecimento de tecnologias e serviços espera que suas vendas em todo o mundo cresçam entre 3% e 5% em 2016. Durante a conferência anual de imprensa realizada em abril, Volkmar Denner, presidente mundial da Bosch disse: "Planejamos crescer não somente por meio de produtos inovadores, mas também por meio de serviços inovadores". No negócio da conectividade, a Bosch foca nos "3S's": sensores, software e serviços.

A empresa está usando cada vez mais os serviços conectados para integrar a sua ampla base em hardware. Enquanto faz isso, a Bosch se beneficia não somente de sua diversificação tecnológica, mas também de sua ampla in dústria e expertise de domínio, como a recém-criada divisão Bosch Global Service Solutions, além da IoT Cloud, também estabelecida recentemente, bem como o sistema Bosch Smart home lançada em 2016, que irão contribuir para essa estratégia.

As recentes aquisições da Robert Bosch Automotive Steering GmbH (anteriormente ZF Lenksysteme GmbH) e BSH Hausgeräte GmbH (anteriormente BSH Bosch und Siemens Hausgeräte GmbH) estão completamente consolidadas nos resultados 2015 pela primeira vez. Todos os dados de 2014 foram ajustados para facilitar as bases de comparações.


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