Embraer venderá 60 jatos para China, em encomendas de cerca de US$3 bi

O anúncio representa o terceiro grande divulgado em apenas uma semana envolvendo a fabricante brasileira.

A Embraer venderá 60 jatos comerciais do modelo E-190 para duas companhias chinesas, em acordos que podem chegar a um valor total de 2,86 bilhões de dólares, segundo preços de tabela das aeronaves.

A notícia foi antecipada pela Reuters mais cedo, o que fez as ações da fabricante brasileira inverterem queda. Às 11h35, os papéis da Embraer subiam 1,78 por cento, enquanto o Ibovespa recuava 0,5 por cento.

Os acordos, envolvendo 40 aviões E190 para a companhia aérea Tianjin Airlines e mais 20 E190 para o Banco Industrial e Comercial da China, serão assinados no fim da manhã desta quinta-feira, após um encontro entre a presidente Dilma Rousseff e o presidente chinês, Xi Jinping. O E190 tem preço de lista de 47,7 milhões de dólares.

Na terça-feira (15), a Embraer informou ter assinado uma carta de intenções com a companhia aérea brasileira Azul sobre encomenda de até 50 jatos E195 de segunda geração, num valor de até 3,1 bilhões de dólares, a preços de lista.

Antes disso, na segunda-feira (14), a Embraer tinha anunciado encomenda de 50 jatos regionais modelo 175 da segunda geração, pela norte-americana Trans States Holdings. O pedido foi avaliado em 2,4 bilhões de dólares, também a preços de tabela.

Além disso, os acordos com os grupos chineses deverão ser mais um impulso para a carteira de pedidos firmes da Embraer, que no fim do segundo trimestre somava 18,1 bilhões de dólares.

O total de aviões envolvidos no acordo com as empresas chinesas é maior do que o afirmado inicialmente pelo assessor de assuntos Internacionais da presidente Dilma, Marco Aurélio Garcia, que afirmou na segunda-feira que totalizariam 25 jatos.

A Embraer tem buscado expandir suas operações de fabricação na China, mercado chave para a terceira maior fabricante de aviões comerciais do mundo.

Mas planos para a fábrica de jatos regionais em Harbin, voltada a e-Jets, não foram aprovados pelas autoridades chinesas uma vez que o país está investindo num concorrente para o mesmo tamanho de aeronave.