Utilização da capacidade instalada da indústria cai a 80,7% em maio

A indústria brasileira ficou mais ociosa em maio, reduziu o número de empregados e as horas trabalhadas. Em consequência, a massa de salários paga pelo setor recuou. O único indicador a aumentar foi o faturamento, mas de forma modesta. É o que mostra a pesquisa “Indicadores Industriais”, divulgada nesta quinta-feira (03) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). 

De acordo com a entidade, a utilização da capacidade instalada (UCI) da indústria brasileira caiu 0,2 ponto percentual entre abril e maio, com ajuste sazonal, chegando a 80,7%. O indicador era de 80,9% em abril. Na comparação com maio de 2013, quando o uso da capacidade foi de 82,5%, na série com ajuste sazonal, o Nuci da indústria recuou 1,8 ponto percentual. Sem ajuste, o índice de maio ficou em 81%.

Esse resultado, segundo a CNI, “mostra que a indústria segue com dificuldade de intensificar seu ritmo de operação”. A entidade patronal ressaltou que esse é o terceiro mês consecutivo de queda em todos os indicadores, com exceção do faturamento real.

As horas trabalhadas seguiram a mesma trajetória da UCI, com queda ante abril e também frente ao mesmo mês de 2013. Esse indicador, na série dessazonalizada, recuou 0,4% frente a maio e caiu 2,4% frente ao quinto mês de 2013. Já o nível de emprego decresceu 0,3% entre abril e maio. Mas em relação a maio do ano passado, o indicador avançou 0,6%. 

Também caíram em maio ante abril os indicadores de renda paga pela indústria. A massa salarial real diminuiu 0,9% entre abril e maio, mas cresceu 0,5% na comparação com o mesmo mês de 2013. Já o rendimento médio real caiu 0,2% entre o quarto e o quinto mês deste ano e permaneceu estável entre os meses de maio de 2013 e 2014. Ambos os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

O faturamento real da indústria foi o único indicador que subiu em maio ante abril ao crescer 0,3%. Já na comparação com maio de 2013, recuou 1,9%.