A Espada Embainhada

Wilson Sergio, colaborador

Conta a História que T, foi convocado pelo rei da província de Wu para que mostrasse suas habilidades em treinar e conduzir um exército.

Sun Tzu foi questionado se suas habilidades eram mesmo reais como diziam todos ao seu redor, e se sua fama era condizente com elas. Sun Tzu sem falsas modéstias confirmou para o espanto do rei que suas proezas eram reais e seus ensinamentos tinham como base toda sua vida prática nas batalhas vitoriosas pelas quais já havia realizado.

Então surpreso o rei lhe indicou cento e oitenta mulheres do palácio e essas mulheres é que deveriam se tornar um exército realmente capaz. Mesmo com a humilhante tarefa Sun Tzu reuniu todas as mulheres do palácio e nomeou as duas concubinas mais amadas pelo rei para que fossem as líderes dos dois grupos que montou. Questionou a todas as mulheres se elas sabiam a diferença entre mão direita e esquerda, frente e costas, e em coral responderam positivamente.

Estabeleceu que quando soassem os tambores que elas representariam sua voz, e conforme o número de batidas deveriam fazer os exercícios de postura: uma batida era para direita volver, duas para esquerda, três para meia volta volver e assim por diante até ficarem na posição desejada, disse-lhes a mesma ordem por várias vezes, até elas consentirem o entendimento. Quando foram apresentar-se ao exercício, ao soar os tambores elas não obedeceram e caíram em profundas gargalhadas, achando que seria sua culpa, reagrupou as mulheres e deu nova ordem, novamente as gargalhadas e ninguém praticou o exercício; surpreso, mas não confuso, disse que a culpa seria ainda dele se não o obedeciam, e novamente explicou o exercício e disse que se elas não obedecessem sofreriam uma punição militar.

Então novo soar dos tambores acompanhadas de sua ordem, por garantia, ainda assim elas não obedeceram e riram em um coral ensurdecedor; ponderado, porém, rígido, culpou as líderes e mandou decapita-las, vendo o que estava para acontecer, um dos servos do rei foi logo comunica-lo, e prontamente o rei disse que se considerava satisfeito e que não matasse suas melhores amantes. 
 
Sun Tzu disse: “Em virtude da missão a que fui indicado, estando em atividade militar e, portanto me preparando para a guerra, considerando-se assim que estou em guerra, há ordens que mesmo vindo de Vossa Majestade não devo obedecer nem seguir, pois, em situação real, O Rei estaria somente aguardando notícias do ocorrido no campo de batalha e que o General era o representante maior da nação nessa questão, e de acordo com a importância e a confiança imposta ao cargo, as decisões militares e o destino da nação estariam em suas mãos e a luta nas mãos de seus soldados os quais deveriam obedecê-lo assim como ao rei sem pestanejar, dada a disciplina estabelecida. E que neste momento durante a guerra caberia ao soberano a diplomacia de aceitar e confiar nas decisões de seu general”.

Então desembainhou a espada e ele mesmo separou em rápidos e precisos movimentos a cabeça das concubinas de seu corpo. Nomeou então novas mulheres a líderes e soou novamente os tambores, as tropas respondiam em silêncio em um sincronismo perfeito. Então Sun Tzu mandou uma mensagem ao Rei dizendo que o exército estava pronto para a revista, e que ele atravessaria a água e o fogo para dar a vida pela nação. 
 
Lutar e vencer em todas as batalhas não é a glória suprema; a glória suprema consiste em quebrar a resistência do inimigo sem lutar. Na prática arte da guerra, a melhor coisa é tomar o país inimigo totalmente e intacto; danificar e destruir não é tão bom. Assim, também é melhor capturar um exército inteiro que destruí-lo; capturar um regimento, um destacamento ou uma companhia, sem os aniquilar.

O objetivo de uma estratégia de mercado deve ser atuar de forma a conservar a concorrência em funcionamento, destruir o mercado ou segmento do concorrente é prejudicial a ponto de perdermos a referência e, portanto uma melhor definição de nossa posição quanto ao atendimento à qualidade dos produtos fornecidos ou serviços prestados. Em vez de destruir a concorrência uma boa prática é a de anexar esta empresa à nossa, comprando seus direitos.

 Portanto, a mais perfeita forma de comandar é impedir os planos do inimigo; depois, evitar a junção das suas forças; a seguir, atacar o exército inimigo no próprio campo; e a pior de todas as políticas é sitiar cidades muradas, porque a preparação de couraças, abrigos móveis e vários implementos de guerra tomará três meses inteiros; e a construção de acessos diante das muralhas levará mais três. O general, incapaz de conter sua irritação, quererá atirar seus homens ao assalto como formigas, tendo como resultado o assassinato de um terço dos seus soldados, com a agravante de que a cidade continuará incólume.

São esses os efeitos desastrosos do cerco.O chefe habilidoso conquista as tropas inimigas sem luta; toma suas cidades sem submetê-las a cerco; derrota o reinado sem operações de campo muito extensas. Com as forças intactas, disputa o domínio do império e, com isso, sem perder um soldado, sua vitória é completa. Combater as estratégias dos concorrentes, quebrar vínculos que possuam em sua área de atuação é uma forma de evitar o confronto direto, pois além de dispendioso, leva muito tempo desde a preparação dos planos até as colheitas dos frutos gerados.

Um líder geralmente cumpre com suas metas de maneira a manter o concorrente em ação, impondo limites para sua equipe de maneira a manter as relações comerciais no campo da boa vizinhança. Um bom concorrente é uma boa referência, e as vitórias deverão estar dentro do campo da disputa e evidenciar o respeito mantém uma posição confortável e ao mesmo tempo dentro da ética estabelecendo um equilíbrio do mercado. Esse é o método de atacar com estratagemas, de usar a espada embainhada.

 A regra na guerra é esta: se suas forças estão na proporção de dez para um em relação ao inimigo, faça-o render-se; se forem de cinco para um ataque-o; se duas vezes mais numerosas, divida seu exército em dois: um para atacar o inimigo pela frente e outro pela retaguarda; se ele responder ao ataque frontal, pode ser esmagado pela retaguarda; se responder ao da retaguarda, pode ser esmagado pela frente.Se estiver em igualdade de condições poderá enfrentá-lo; se ligeiramente inferior em número, poderá evitá-lo; se inferior em todos os aspectos poderá fugir dele. Embora um combate obstinado possa ser dado por uma força pequena, esta acaba por ser capturada pela força superior. 
 
É muito importante para o líder ter pleno conhecimento de suas limitações e das suas potencialidades. Analisar quais os pontos fortes e fracos, as situações em que se mantém em vantagem ou desvantagem, ajuda a definir a hora de atacar com um marketing violento ou recuar mantendo-se atento ao atendimento eficiente. A definição da capacidade produtiva e de atendimento permite estabelecer quais os critérios a adotar em relação ao nível de domínio do mercado frente à demanda e à concorrência.

O general é o sustentáculo do Estado: se o sustentáculo for forte em todos os aspectos, o Estado será forte; se estiver defeituoso, o Estado será fraco. O chefe ou empreendedor é a base de funcionamento em uma organização, a organização pode medir sua força de atuação de acordo com o líder que possui.

Há três maneiras de um soberano levar a desgraça ao seu exército: 1.Exigindo que avance ou recue, sem dar importância ao fato de que não poderá ser obedecido. Chama-se a isso estorvar o exército; 2.Tentando comandar um exército da mesma forma que administra o reino, ignorando as condições que prevalecem no exército. Isto provoca inquietação na mente dos soldados. Humanidade e justiça são os princípios com os quais se governa o Estado, mas não o exército; 3.Oportunismo e flexibilidade, por outro lado, são virtudes militares em vez de civis; e empregando os oficiais do seu exército indiscriminadamente, pela ignorância do princípio militar de adaptação às circunstâncias. Isso abala a confiança dos soldados.

Um líder deve estabelecer claramente o nível de subordinação, manter aderência aos seus objetivos, ser coerente com as metas propostas para que os subordinados a atinjam. Deverá em um nível de agressividade diferente do qual se aplica em sua casa ou ambientes de convivência comum, deve-se estar claro o profissionalismo envolvido dentro do âmbito organizacional. A constância no cumprimento das metas é responsável para obter o nível de comprometimento necessário por sua equipe. Se agir de forma incoerente a esses três aspectos, fatalmente estará levando a equipe a um abismo de desconfiança e ignorância. Quando o exército está inquieto e receoso, é certo haver perturbações provocadas por outros príncipes inimigos.

 Trata-se apenas de introduzir a anarquia nas tropas, jogando fora a vitória. Assim, precisamos saber que há cinco coisas fundamentais para a vitória: - Será vencedor quem souber quando lutar e quando não lutar; - Será vencedor quem souber como manobrar tanto as forças superiores como as inferiores; - Será vencedor aquele cujo exército estiver animado do mesmo espírito em todos os postos; - Será vencedor quem, autopreparado, espera para surpreender o inimigo despreparado; - E será vencedor quem tiver capacidade militar e não sofrer a interferência do soberano.

Nos campos onde ocorrem as disputas, as equipe deverá estar unida, vinculada e conhecedora das metas a serem alcançadas e objetivos específicos a serem atingidos de acordo com o planejamento estratégico. A unidade da equipe é responsável pelo sucesso da organização. - Será bem sucedido aquele que souber quando enfrentar ou não a concorrência - Será bem sucedido aquele que souber como se relacionar com os diferentes níveis hierárquicos - Será bem sucedido aquele que manter um excelente nível de motivação em sua equipe - Será bem sucedido aquele que antecipar suas estratégias de ação sobre a concorrência. - E será bem sucedido aquele que faça valer suas decisões sem o consentimento do líder da organização.

Se conhecermos o inimigo e a nós mesmos, não precisamos temer o resultado de uma centena de combates. Se nos conhecemos, mas não ao inimigo, para cada vitória sofreremos uma derrota. Se não nos conhecemos nem ao inimigo, sucumbiremos em todas as batalhas.

O domínio da tecnologia da informação é fator chave para o sucesso, conhecendo profundamente sua forma de atuação, serviços ou produtos, bem como, também as do cliente, é possível tomar decisões mais acertadas quanto ao planejamento estratégico e estabelecer ou rever corretamente os planos de ações. 
  
 
 


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