Arrecadação de R$ 83,9 bi bate recorde

Recolhimento de impostos é o maior da história no período de janeiro a agosto.

A arrecadação de impostos e contribuições federais bateu recorde em agosto e fechou o mês em R$ 83,956 bilhões, com alta real de 2,68% sobre o mesmo período do ano passado. No acumulado de 2013, o resultado somou R$ 722,234 bilhões, 0,79% acima de 2012 e o maior da história para o período de janeiro a agosto. Para a Receita Federal, os números mostram que a recuperação da economia começou a ter efeitos sobre a arrecadação de forma consistente. Até maio, a alta registrada nas receitas era de 0,49%. Em junho, subiu para 0,55%.

“Esse não é um resultado de momento. É um movimento crescente na arrecadação que tem a ver com a melhora nos indicadores da economia e na lucratividade das empresas”, afirmou o secretário adjunto do Fisco, Luiz Fernando Nunes.

O número recorde foi obtido mesmo com o grande volume de desonerações concedidas pelo governo para turbinar a economia este ano. De acordo com relatório divulgado ontem (23) pela Receita, esses incentivos resultaram numa renúncia fiscal de R$ 51,05 bilhões entre janeiro e agosto, aumento de 71,8% em relação a igual período do ano passado.

A redução dos encargos sobre a folha de pagamento das empresas foi a desoneração com maior impacto nas contas públicas: R$ 9,75 bilhões. As reduções do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para setores como o automobilístico e de linha branca, por sua vez, significaram renúncia de R$ 7,52 bilhões no ano até agora. O secretário prevê que a arrecadação fechará 2013 com crescimento real de 3%.

As instituições financeiras reduziram a estimativa de inflação neste ano para 5,81%, ante 5,82% previstos na semana anterior, de acordo com a pesquisa semanal Focus do Banco Centrai, divulgada ontem (23). Para 2014, porém, a projeção para o IPCA foi elevada a 5,96%, ante 5,90% estimada inicialmente. A alta em relação ao ano que vem foi registrada pela terceira vez seguida. Com relação ao dólar, o merca do reduziu a projeção no fim deste ano, de R$ 2,35 para R$ 2,33. Para o fim de 2014, as previsões se mantiveram em R$ 2,40.

Por Maktha Beck/ O Globo

 


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