Autopallet pode dobrar a produtividade

Equipamento para troca rápida de peças permite que máquina usine em ciclo quase contínuo.

É natural que muitos empresários brasileiros se sintam pressionados pela entrada de produtos importados, principalmente da Ásia, cujo principal atrativo é o preço. Não é de hoje que se sabe o quanto o excesso de impostos nacionais prejudica a competitividade das nossas indústrias, sobretudo os custos com mão de obra, com energia, com fretes, com taxas para produção e circulação dos produtos industrializados, além de outros que incluem a burocracia exigida tanto de quem deseja exportar, quanto de quem necessita importar máquinas e equipamentos sem real similaridade nacional.

Apesar da movimentação dos sindicatos patronais e associações de classe, no sentido de conseguir sensibilizar o governo para a mudança desse estado de coisas, trata-se de um processo demorado e qualquer alteração favorável pode não chegar a tempo de garantir a manutenção dos negócios de muitas empresas. É preciso buscar alternativas que estejam mais ao alcance dos empreendedores locais.
 
A questão pode ser vista por ao menos duas perspectivas distintas: uma burocrática, que, portanto, exige articulação política; e outra técnica, essa sim à altura da expertise de especialistas e engenheiros, que se dedicam aos métodos e processos de produção. A verdade é que algo precisa ser feito, pois ficar esperando que a solução surja por si mesma é uma utopia. A boa notícia é que, embora possa parecer um caso perdido, ainda há o que ser explorado no campo das soluções técnicas.
 
Eliminando tempos improdutivos
 
Parte significativa dos custos de manufatura se concentra nos tempos improdutivos, como na preparação de máquinas, contudo são poucas as empresas que fazem uso de pallets de troca rápida, para evitar que essa atividade reduza a velocidade do fluxo da linha de produção. Em geral, esse recurso é mais utilizado em linhas de produção transfer, com máquinas especiais dedicadas à manufatura de algumas famílias específicas de peças, porém é uma solução que poderia ser estendida a um sem-número de aplicações standard (padronizadas), principalmente nos centros de usinagem verticais.

Para ler na íntegra esta matéria da Manufatura em Foco acesse a última edição da revista, disponível online, aqui.