Rodas de plástico para automóveis

 Modelos podem ser coloridos e decorados com grafismos

Fonte: Inovação Tecnológica - 14/06/07

Os fãs de automóveis adoram rodas de ligas-leves, muito mais bonitas e esportivas do que as tradicionais rodas de aço, ainda que estas venham disfarçadas pelas suas inseparáveis companheiras, as calotas.

Rodas de plástico

Agora, engenheiros alemães estão tentando colocar no mercado uma concorrente que poderá ajudar principalmente os aficcionados pelos carros tunados - as rodas de plástico, que têm a grande vantagem de poderem ser fabricadas nas mais diversas cores e grafismos.

Tecnicamente conhecidas como rodas de compósitos ou rodas de fibra reforçadas, as rodas de plástico para automóveis ainda não foram aprovadas para uso nos carros produzidos em linha. Antes que isso aconteça, elas deverão passar por uma rigorosa bateria de testes, para comprovar que são fortes o suficiente e que atendem a todas as normas de segurança.

As expectativas são boas. Os primeiros protótipos, fabricados pela BTE Hybrid-Tech, já rodaram 250.000 quilômetros de testes e resistiram muito bem - pelo menos nas ruas e estradas européias.

As rodas plásticas são fabricadas a partir de uma matriz de plástico, à qual são acrescentadas as fibras de reforço. É a interação desses dois componentes que dá ao material compósito um conjunto de propriedades que é superior às propriedades de cada um deles em separado. O resultado é uma roda resistente e extremamente leve.

Segurança das rodas de plástico

Antes que se possa comprar as rodas de plástico no mercado porém, as autoridades de segurança vão ter que definir um conjunto de normas para sua avaliação. A normatização hoje existente refere-se tão somente às rodas de metal, seja de aço, seja das ligas de metal leve, que incluem principalmente alumínio e magnésio.

Para ajudar nesse processo, engenheiros do Instituto Fraunhofer, também na Alemanha, desenvolveram uma técnica que poderá finalmente criar um método de certificação para as rodas de plástico.

"Primeiramente nós produzimos uma imagem de tomografia computadorizada da roda," explica o Dr. Andreas Büter. "A imagem nos permite certificar as dimensões, o alinhamento, a curvatura e a densidade das fibras. Esses parâmetros são cruciais para o cálculo da resistência e capacidade de carga do material."

Com esses dados, os engenheiros conseguem simular a microestrutura do material - uma espécie de "célula virtual" do material compósito, - a partir da qual eles podem testar inúmeras combinações entre cada um dos componentes. A seguir, fica fácil calcular o limite de resistência da roda, definindo um nível de esforço além do qual ela poderá se quebrar.

Os pesquisadores esperam que a nova ferramenta possa ser adotada pelas autoridades como uma forma de aferição da qualidade das rodas produzidas, com a conseqüente liberação para comercialização.