Medium_fullsizerender2
Gladis Costa    |   25/08/2019   |   Marketing e Comportamento   |  

Produto: Como a Barbie, Um Ícone de 60 anos, Enxerga as Oportunidades!

A Barbie fez 60 anos, mas continua ativa, moderna e relevante, porque está antenada com as mudanças ao seu redor e incorpora estas mudanças em suas campanhas.

Produto: Como a Barbie, Um Ícone de 60 anos, Enxerga as Oportunidades!

A boneca mais famosa do mundo sabe que a verdade está lá fora!

A Barbie completou 60 anos e está mais moderninha do que nunca. A receita do sucesso: ela se transforma o tempo todo, se engaja em causas de empoderamento feminino, expressa sua identidade através de campanhas relevantes que fortalecem a relação com seu público-alvo e é um sucesso comercial. Desde seu début oficial, em 9 de março de 1959, em Nova York, já foram vendidas mais de 1 bilhão de bonecas em 150 países. A Barbie não sai de moda, pelo contrário, ela cria moda, embora seja uma “celebridade” polêmica. Já foi acusada de ser superficial, símbolo da tirania da beleza e dona de “receita de sucesso” baseada apenas na beleza, juventude e consumo. Apesar disso tudo, ela continua desfilando, soberana, na passarela das compras.

A Barbie foi criada por Ruth Handler,(1916-2002),  executiva da Mattel, ao notar como sua filha brincava com Lilli, uma boneca alemã de papel, vestindo-a de várias formas e com diferentes acessórios. A Barbie, homenagem à sua filha Barbara, nunca foi uma boneca infantil. Ela foi concebida com feições de mulher adulta, corpo perfeito, traços delicados e com uma profissão: modelo de roupas esportivas, parte da coleção “I can be” (Eu posso ser!).  

Desde então, a boneca tem conquistado crianças no mundo todo, que veneram as várias versões da boneca que têm em casa. Representando mais de 200 carreiras, ela mudou de acordo com o ambiente cultural, as críticas do mercado, influências da moda, tendências de consumo e principalmente, abraçando causas feministas. Se o mundo está em constante evolução, por que um dos ícones mais importantes da Mattel não mudaria?  Talvez seja esta a iniciativa que a torne tão relevante e atual. A Barbie Astronauta, lançada em 1965, já trazia em seu plano de voo a mensagem de que ela poderia alcançar as estrelas ou sonhar sem limites.


Continua depois da publicidade


A preocupação com a importância da boneca no contexto cultural e profissional parece ser um trabalho contínuo. Em 2018, uma pesquisa global conduzida entre 8000 mães revelou que 86% delas se sentiam preocupadas com a influência que as bonecas têm na formação das meninas. Questões como “Que tipo de exposição estas meninas recebem?” ou “Em quem elas se espelham?” mostrou que a Barbie precisaria ser ressignificada: não basta só mostrar quais profissões elas podem escolher, mas quem são as mulheres no mundo real que exercem estas funções, personificar estas carreiras através de mulheres de destaque.

Em 2019, quando a boneca completou 60 anos, a empresa lançou a campanha #RoleModels – homenageando mulheres talentosas de 18 países, incluindo o Brasil, com a surfista brasileira Maya Gabeira, que entrou para o Guinness Book por surfar a maior onda registrada entre mulheres. Para celebrar os 50 anos da Apollo 11, a Mattel homenageou este ano a astronauta italiana Samantha Cristoforetti com uma edição comemorativa da boneca. Samantha é a única mulher na Agência Espacial da Europa (ESA), e realizou o feito de ficar 199 dias sozinha numa missão espacial em 2014.

Provavelmente, as mães mais modernas prefiram que suas crianças interajam com exemplos mais concretos e com representantes da vida real, e esperam que elas não sejam apenas “a mini-mãe da boneca”.  Estas meninas precisam de exemplos de mulheres inspiradoras no seu dia a dia, precisam começar a se sentir representadas desde cedo, por que não através de seus brinquedos? A Barbie tem representado mulheres em centenas de carreiras, algumas delas com um legado de conquistas no mundo real do tamanho do seu mercado.

Como dizia a versão empreendedora da Barbie em 2014: “Se você pode sonhar, você pode ser”. É brincando que se aprende! 

O conteúdo e a opinião expressa neste artigo não representam a opinião do Grupo CIMM e são de responsabilidade do autor.
Fullsizerender2

Gladis Costa

Gladis Costa é profissional da área de Comunicação e Marketing, com vivência em empresas globais de TI. É fundadora do maior grupo de Mulheres de Negócios do LinkedIn Brasil, que conta com mais de 6200 profissionais. Escreve regularmente sobre gestão, consumo, comportamento e marketing. É formada em Letras, e tem pós graduação em Jornalismo, Comunicação Social e MBA pela PUC São Paulo. É autora do livro "O Homem que Entendia as Mulheres", publicado pela All Print.


Mais artigos de Gladis Costa