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Caio Uribbe Castro    |   23/09/2016   |   Gestão de custos industriais   |  

Os grandes vilões dos custos: os estoques

Nesta quinta coluna da série sobre os desperdícios encontrados nas pequenas e médias empresas iremos entender o impacto do excesso de estoques de matérias primas e produtos acabados.

Dinheiro parado, é dinheiro perdido. Com essa frase resumimos um dos principais desperdícios encontrados em empresas de pequeno e médio porte: os estoques.

Obviamente que essas empresas não têm a mesma capacidade de impor condições e gerir a cadeia de fornecedores que empresas de grande porte têm, tornando possível um formato de produção conhecido como Just In Time, onde as matérias primas e insumos chegam para serem utilizados no exato momento em que são necessários na linha de produção, permitindo que se trabalhe com estoque praticamente nulo.

No entanto, é importante que exista algum mecanismo de gestão de estoques que garanta que a empresa não irá ficar com matérias primas, insumos e produtos acabados parados no seu estoque de forma descontrolada, afetando consideravelmente os resultados do negócio. Afinal, estoque é dinheiro, e dinheiro parado, é dinheiro perdido.

A principal sugestão, que funciona para toda e qualquer empresa, começa por entender quais os estoques que se têm. Normalmente eles podem se subdividir em: Matéria Prima, Insumos, Produtos Semi Acabados, e Produtos Acabados.

A partir desse pressuposto, o ideal é minimizar os estoques de maior valor agregado (Semi Acabados e Acabados, normalmente), sem, no entanto, afetar o atendimento dos prazos com os clientes.

Algumas empresas podem trabalhar com insumos de alto valor agregado, e neste caso, este estoque também precisa ser muito bem controlado.

Após estabelecidos os controles, passa-se à etapa de planejar e otimizar. Para isso é preciso conhecer as demandas normais do negócio, e também as características de entrega dos fornecedores. De posse destas informações, é possível então estabelecer os conceitos de estoques mínimo e máximo, que irão permitir que a empresa trabalhe de forma mais efetiva, evitando estoques muito grandes.

Além deste benefício, gerir os estoques permite também controlar o problema de compras emergenciais, que abordamos em uma coluna passada. O objetivo é sempre não ter mais do que o necessário, e ao mesmo tempo não ter menos do que o necessário.


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Como se vê, a grande maioria dos desperdícios das pequenas e médias empresas podem ser facilmente minimizados estabelecendo certos controles, que irão otimizar o processo, de forma simples, garantindo sempre a busca pela máxima eficiência.

O conteúdo e a opinião expressa neste artigo não representam a opinião do Grupo CIMM e são de responsabilidade do autor.
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Caio Uribbe Castro

Engenheiro Mecânico formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Atuou com Gestão de Processos no setor aeronáutico e, atualmente, trabalha focado em Processos de Melhoria de Gestão na empresa Valor & Foco.


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