por Nelson Costa    |   18/06/2019

Como será o esporte do futuro?

Você já pensou em como serão os esportes daqui a 50 anos? É difícil imaginar, mas o certo é que não serão tão parecidos com o que estamos acostumados. Além de mudar a forma de jogar, é provável que existam modificações consideráveis buscando que as modalidades sejam mais sustentáveis do que agora, pois a sociedade atual demanda que o combate às alterações climáticas seja estendido a todas as áreas.

Os esportes são frequentemente vistos como o auge da habilidade humana. De sessões de treinamento exigentes a jogos exaustivos, eles são um exemplo não apenas de resistência física, mas também de resistência mental. Mas, embora os atletas possam regularmente realizar feitos surpreendentes para marcar um gol ou vencer uma partida, essa busca visa apenas encontrar novas maneiras de treinar os nossos sentidos.

Como será o amanhã?

Novos esportes surgirão, enquanto algumas modalidades convencionais podem desaparecer lentamente. Sem dúvida, haverá mudanças no cenário e será necessária uma adequação às necessidades das gerações que ainda estão por vir.

As perspectivas e principais tendências, pelo menos no poker e eSports, incluem realidade virtual com elementos de inteligência artificial, mais inclusão, sustentabilidade e diversidade. Esses são os principais eixos que serão explorados no futuro por empresas que já realizam ações que buscam transformar a indústria. No futebol, por outro lado, o uso de ‘big data’, dados colhidos por máquinas para escolha de novos jogadores, e tecnologias de ponta nos estádios já são uma realidade em algumas partes do mundo.


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As companhias e empreendedores esportivos atualmente têm o compromisso de apresentar propostas tecnológicas e inovadoras que possam ser aplicadas nos campos da sustentabilidade para imaginar o futuro do esporte. Com tanto dinheiro de patrocínio e uma visibilidade como nunca vista, essa é uma área em extrema expansão que deve ser tratada com o devido status.

Futebol como exemplo

Os primeiros passos já estão sendo dados: hoje em dia, o gramado dos campos de futebol de clubes que disputam a liga da Espanha e da Inglaterra são monitorados ao milímetro, por exemplo, para saber quanta água precisam, quantos centímetros a planta cresce ou como a temperatura pode afetar em todo esse processo. Essa é uma forma inteligente de não desperdiçar recursos graças ao uso da tecnologia no esporte, que desempenha um papel fundamental nesse controle.

Os jogos em um futuro não tão distante serão transmitidos em uma tela bem grande, em uma resolução de 5K digital, ao vivo no mundo todo. Embora já existam muitas ações e iniciativas que estão sendo realizadas para alcançar um futebol cada vez mais justo, sustentável e diversificado, alinhado às demandas da sociedade, é provável que em 40 anos seja possível desfrutar de uma partida no conforto do lar como se fôssemos parte da plateia de um estádio; ou que o gol que decidirá a Copa do Mundo de 2048 seja marcado por um jogador com uma perna mecânica: ou até mesmo que um campo seja considerado o pulmão verde de uma cidade, como os parques agora o são.

As apostas na sustentabilidade aplicadas a um estádio de futebol a partir das mais avançadas técnicas de inteligência artificial tornam um campo capaz de guardar as memórias e o progresso do futebol e da sociedade em geral. Isso representa a concretização de um esforço em que a inclusão e a diversidade são capazes de construir uma sociedade que avança e cresce. E é precisamente por isso que o desafio é cada vez mais urgente. É preciso refletir, fazer e acontecer. Todas essas alternativas buscam encontrar e aprimorar a capacidade da modalidade de reimaginar seu futuro e fazer uso de inovações para promover avanços não só dentro do próprio jogo, mas também nos aspectos de diversidade.

O futuro da tecnologia esportiva está evoluindo a cada dia para acomodar o apetite cada vez maior dos próprios fãs, que estão interessados por mais conteúdo para consumir. Talvez os atletas olímpicos de 2050 terão minúsculos microchips embutidos para rastrear sua biometria ao vivo durante as apresentações para assim satisfazer esses usuários que desejam dados e informação específica. Quem sabe?

O conteúdo e a opinião expressa neste artigo não representam a opinião do Grupo CIMM e são de responsabilidade do autor.
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