Peugeot Citroën tem prejuízo de 5 bi de euros em 2012

O prejuízo de 2012 veio depois do lucro líquido de 588 milhões de euros em 2011 e foi mais de quatro vezes maior que o prejuízo recorde anterior da empresa

 

A Peugeot Citroën teve o maior prejuízo líquido anual de sua história em 2012, provocado pelas baixas vendas na Europa. O resultado negativo somou 5,01 bilhões de euros (US$ 6,74 bilhões), em boa parte por causa da baixa contábil de 4,13 bilhões de euros anunciada em 7 de fevereiro.
 
O prejuízo de 2012 veio depois do lucro líquido de 588 milhões de euros em 2011 e foi mais de quatro vezes maior que o prejuízo recorde anterior da empresa, de 1,16 bilhão de euros, registrado em 2009, durante a crise financeira global. Antes do anúncio da baixa contábil, analistas previam que a Peugeot teria prejuízo de 1,58 bilhão de euros no ano passado.
 
A receita da montadora francesa caiu 5,2% em 2012, para 55,45 bilhões de euros. A divisão automotiva registrou prejuízo operacional de 1,5 bilhão de euros, em comparação aos 92 milhões de euros um ano antes.
 
Apesar do resultado anual ruim, a empresa acredita que poderá se recuperar até o fim de 2014 em razão de um rígido plano de reestruturação e da limpeza de seu balanço patrimonial.
 
"As bases para nossa recuperação estão prontas", afirmou o executivo-chefe da companhia, Philippe Varin, acrescentando que a reestruturação e as vendas de ativos estão excedendo as metas. No ano passado, as vendas de ativos totalizaram 2,0 bilhões de euros e a montadora espera mais 200 milhões de euros com a venda de bens imóveis neste ano, segundo o diretor financeiro, Jean-Baptiste de Chatillon.
 
A Peugeot tem sofrido mais do que outras montadoras europeias em parte por causa de sua exposição a mercados do sul da Europa, como França, Espanha e Itália, onde a demanda despencou.
 
As vendas mundiais de veículos montados e kits caíram 17% em 2012, para 2,97 milhões de unidades, e as vendas na Europa recuaram 15%. Analistas afirmam que o mercado europeu poderá ter contração de 5% neste ano e alguns não acreditam em um retorno aos níveis de 2007, antes da crise. 
 
Por Danielle Chaves/O Estado de S. Paulo