Economia será o motor da indústria automotiva em 2013

Fenabrave afirma que a recuperação da economia brasileira vai "compensar" o fim da isenção do IPI para a indústria automotiva no ano que vem

 

A fraca evolução econômica nacional, afetada pelo quadro mundial, fez com que a indústria automobilística dependesse de estímulos dados pelo governo para manter-se saudável em 2012. A presidente Dilma Rousseff, contudo, já afirmou que não irá renovar o benefício da isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que encerra em dezembro. A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), porém, não teme que isso atrapalhe a indústria em 2013. Segundo Flávio Meneghetti, presidente da instituição, o crescimento do País no próximo ano será suficiente para sanear o segmento.
 
De acordo com Meneghetti, não há risco de indústria apresentar um baixo crescimento - ou até recuo -, apesar dos números de 2012 terem sido 'anabolizados' pela isenção do IPI. "O que vai puxar a indústria em 2013 será a evolução da economia. Quando o País cresce, a indústria cresce ainda mais. Este ano fomos prejudicados por um quadro fraco", afirma. 
 
O número de veículos de passeio emplacados até outubro no ano apresentou avanço de 8,42% em relação ao total de 2011 no período. Além do imposto reduzido, a situação favorável do crédito foi um dos fatores que ajudou na aceleração. A Fenabrave, contudo, não vai aceitar o fim do IPI sem um novo pedido de prorrogação. "Em um país com os impostos no patamar que o Brasil apresenta, não podemos parar de pedir redução por nenhum momento", afirmou Meneghetti.
 
Em outubro, os emplacamentos de caminhões, ônibus e motos apresentaram recuo. E se no caso dos veículos o crédito ajudou, nas motos ele foi prejudicial. O presidente da Fenabrave classificou como baixo o número de pedidos de empréstimos aprovados pelos bancos para a compra de motocicletas. Sendo que um dos motivos é a alta inadimplência para o segmento.
 
Brasil protecionista
Segundo dados da Fenabrave, o Brasil é um dos países que mais tomou medidas protecionistas nos últimos 12 meses. Foram 27 medidas para proteger o mercado interno. De acordo com a federação, essa atitude pode ser prejudicial para as relações comerciais do País.
 
 
Por Diego Marcel/ Istoé Dinheiro

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