FEI mostra evolução do automóvel

Veículos que marcaram a história da FEI serão atrações no Quatro Rodas Experience

Fonte: Companhia de Imprensa - 05/06/07

Tudo começou em 1968, com o veículo anfíbio FEI X-1, e, de lá para cá, foram 19 carros experimentais desenvolvidos por estudantes e pesquisadores do curso Engenharia Mecânica Automobilística do Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana). Para contar um pouco desta história, a FEI apresenta, nos próximos dias 2, 3, 9 e 10 de junho, durante o Quatro Rodas Experience, quatro protótipos que marcaram época: o próprio FEI X-1, reconstruído no ano passado; o inesquecível esportivo Lavínia (FEI X-3), de 1970; o elétrico FEI X-17, atual campeão da Maratona de Eficiência Energética (2006), e o mais recente FEI X-19, um Chevrolet Astra elétrico, totalmente modificado. Confira os detalhes dos carros:



FEI X-1 (1968) – O FEI X-1 foi o primeiro protótipo do DEPV - Departamento de Estudos e Pesquisas de Veículos da FEI, criado pelo professor Rigoberto Soler e seus alunos no final dos anos 60. Na época foi considerado o carro do futuro: um veículo anfíbio de quatro rodas e propulsão aerodinâmica para andar sobre rodas ou flutuar. Construído em madeira e pesando 380 kg, possuía hélice e leme instalados na traseira, motorização de Gordini (motor de 40 cv) e duas rodas de kart na dianteira. O FEI X-1 causou sensação antes mesmo de chegar ao Pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera, na capital paulista, onde se realizava o Salão do Automóvel: pilotado pelo professor Soler, que levou o carro rodando de São Bernardo do Campo até o prédio da Bienal, e chamou a atenção das pessoas pelas ruas onde passou. Até o brigadeiro Faria Lima, piloto de avião e prefeito de São Paulo na ocasião, pediu para dirigir e deu uma volta no FEI X-1, elogiando o desempenho do veículo.
Reconstruído no ano passado, o carro tem transmissão de quatro marchas, também de Gordini, e no lugar do volante há um manche, como num avião. Foi projetado para atingir 20 km/h na água e 100km/h na terra, quando apoiado nas rodas traseiras.



FEI X-3 (1970) -
Conhecido como Lavínia, também desenvolvido pelo DEPV, o X-3 é um protótipo esportivo, projetado para dois ocupantes e que, além do design arrojado - como portas asas de gaivota, assoalho com efeito asa, além de pára-choque dianteiro e traseiro em alumínio para absorção de choques -, chamou atenção na época pelo freio aerodinâmico que permitia frenagens rápidas, inclusive a grandes velocidades (a máxima prevista era de 240km/h). O carro ficou conhecido como Lavínia em homenagem à esposa do então prefeito de São Bernardo do Campo Lauro Gomes, que cedeu a área onde foi construído o campus da FEI.
O Lavínia possui carroceria em aço multitubular, suspensão dianteira mantida original do Dodge Dart, da Chrysler, freios a disco nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras, rodas 8’’ de largura na frente e 12’’ atrás de aro 14’’. O carro tem 4,3 m de comprimento, 1,8 m de largura, 1,1 m de altura e 0,18 m de altura livre do solo, além de transmissão de três velocidades e dois reservatórios de gasolina com capacidade para 90 litros.



FEI X-17 (2006) -
O veículo elétrico FEI X-17 é o atual campeão da Maratona de Eficiência Energética - realizada em julho do ano passado e que reuniu oito equipes de universidades do País. O carro foi projetado e construído por estudantes dos cursos de Engenharia Mecânica Automobilística e Engenharia Elétrica. Durante a maratona, o FEI X-17, que possui motor de 400w de potência, percorreu 29,2 km com apenas 3 baterias de 72 Watts-hora cada, atingindo a marca de 135 km por quilowatt-hora. Além de conquistar a primeira colocação entre os ‘elétricos’, o FEI X-17 foi ainda considerado o segundo Melhor Projeto da categoria.
O carro campeão tem construção do tipo monobloco em fibra de carbono e resina epóxi, materiais que tornam o veículo bastante leve e resistente, na qual até o banco do piloto faz parte da estrutura do veículo. O carro é pilotado normalmente por garotas que pesam cerca de 42 kg cada, característica fundamental para provas de autonomia, na qual o que conta é a maior distância percorrida e não a velocidade.



FEI X-19 (2006) – Estudantes do curso de Engenharia Mecânica Automobilística e pesquisadores do IPEI (Instituto de Pesquisas e Estudos Industriais da FEI) adiantam o futuro do setor com o protótipo elétrico X-19. O carro é um modelo Chevrolet Astra totalmente modificado, que possui um motor elétrico de 30 cv e outro ‘regenerativo’ a combustão de 400 cc, responsável em recarregar as 24 baterias, como uma segunda opção à recarga na tomada. “O motor a combustão é acionado automaticamente sempre que o nível das baterias necessitar de reposição de carga”, explica Ricardo Bock, professor do curso Engenharia Mecânica Automobilística.
O Astra elétrico manteve a transmissão original de fábrica, mas o sistema de freios foi aprimorado, com aumento do diâmetro dos discos dianteiros e traseiros, enquanto as rodas passaram a calçar aro 18” com pneus 225. Visualmente foram implementadas alterações na estética da carroceria do carro, cuja linha de cintura elevou-se em 10 centímetros. Já o teto de aço foi substituído por outro de vidro, possibilitando assim perfeita visão do interior do carro, inclusive das 21 baterias, normais de um automóvel, instaladas no espaço antes destinado para o banco traseiro.
A autonomia do X-19 é de aproximadamente uma hora e meia (200km), segundo as previsões da equipe, e o carro é capaz de atingir 140km/h, dependendo da condição de uso. Além do melhor aproveitamento energético - como se obter um desempenho extremamente satisfatório de um motor elétrico de apenas 30 cv quando comparado com os números do propulsor original do Astra, de 1.8 litro e 115 cv -, o FEI X-19 também tem como objetivo servir de plataforma para futuras pesquisas em Inteligência Artificial.


Serviço:
QRX – Quatro Rodas Experience

Data: 2, 3, 9 e 10 de junho - das 8h às 19h
Ingressos: de R$ 20 a R$ 180
Local: Autódromo de Interlagos (avenida Senador Teotônio Vilela, 239, Interlagos, SP)
Entrada: Portão 7
FEI estará no box 22

Tópicos: