Produção da Sumitomo no Brasil alcança 65% de nacionalização

Sumitomo fortalece presença no Brasil para atender setor sucroalcooleiro

 

O grupo japonês Sumitomo Heavy Industries, que fabrica redutores de velocidade industrial, está de olho no potencial do mercado sucroalcooleiro no País e região. Para crescer neste segmento, elegeu o Brasil como plataforma de expansão de seus negócios na América Latina.  A fabrica inaugurada em Itu (SP) em novembro, já alcança 65% da produção nacionalizada e o objetivo é alcançar 90%. A nova planta abrigará a terceira operação mundial de redutores de velocidade industrial do grupo, produto amplamente utilizado em usinas de açúcar e álcool. As outras duas fábricas estão instaladas na China e Japão.
 
“A operação já está em andamento. Os primeiros redutores já foram entregues e há boas perspectivas para este ano Pretendemos produzir cerca de 200 redutores e motorredutores para o setor sucroalcooleiro até o final do ano”, projeta Mateus Botelhos, presidente da Sumitomo no Brasil. “Com a produção local, nossos preços se tornaram mais competitivos e o lead time vem caindo de 16 para quatro semanas”, explica o executivo.
 
A Sumitomo atuará em duas frentes de negócios no setor sucroalcooleiro para ganhar escala e participação de mercado: vai importar motoredutores (redutores com motor acoplado) de sua fábrica em Nagoya, no Japão, e produzir redutores de velocidade industrial localmente. “Esses equipamentos aumentam a produtividade de todos os maquinários rotativos e ajudam a manter a operação estável”, conta Botelhos. A importação de equipamentos para a produção deverá garantir uma maior produtividade e com isso a empresa espera o que possibilitará oferecer produtos 20% mais baratos que os importados.
 
“Estamos de olho num segmento que fatura R$ 50 bilhões ao ano no País e investe de 4% a 8% de sua receita em equipamentos de acionamento, como é o caso do redutor”, revela Botelhos. O executivo estima que o mercado de redutores de velocidade industrial movimente anualmente algo em torno de R$ 400 milhões. “Faz parte da nossa estratégia deter 20% de market share até 2015”.
 
O mercado externo também está na mira da multinacional nipônica. Já há encomendas e negociações na Colômbia, México, Peru, Argentina e Bolívia. “A América Latina deve responder por metade das nossas receitas”, calcula Botelhos. “Dos R$ 35 milhões de faturamento que estimamos para este ano, o segmento de açúcar e álcool representará 15% do nosso faturamento”, conclui.
 
Com a produção de redutores no Brasil, a Sumitomo ganhou flexibilidade na condução de grandes projetos. “Podemos adequar os pedidos de acordo com a necessidade do cliente. É possível montarmos redutores maiores sem ter de acoplar componentes de refrigeração externa, por exemplo. Isto é mais viável com uma operação local”, conta o presidente.

 


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