Romi quer fechar unidades fabris na Itália este ano

O objetivo é converter as duas fábricas em unidades comerciais

Depois do segundo trimestre seguido no vermelho, a Indústrias Romi, de máquinas e equipamentos, confirmou que vai fechar a unidade fabril na Itália. Segundo o diretor-presidente, Livaldo Aguiar dos Santos, o objetivo é converter as duas fábricas em unidades comerciais ainda este ano. "Estamos na fase de acordos com as autoridades sindicais italianas, mas a ideia é manter lá o mesmo modelo de subsidiária que temos em outros pontos no mundo", disse.

As manufaturas nas cidades de Grugliasco e Pont Canavese, região de Turim, empregam 165 pessoas, gerando receita líquida anual de R$ 33,5 milhões, ou 5,3% da receita consolidada do grupo. Desde a aquisição em 2008, registram prejuízo médio mensal de € 300 mil, disse o diretor de relações internacionais, Fábio Taiar.
 
Já a fabricante alemã de máquinas-ferramenta Burkhardt + Weber (B+W), adquirida em dezembro, teve nos três primeiros meses do ano, lucro líquido de R$ 9,6 milhões e receita líquida de R$ 37,6 milhões. No mesmo período, a receita líquida consolidada da Romi saltou de R$ 138,7 milhões para R$ 149,7 milhões. Sem o resultado da fábrica alemã, a receita teria caído 19,2%.
 
No primeiro trimestre, a Romi teve prejuízo de R$ 3,4 milhões. Houve recuperação ante o trimestre imediatamente anterior, quando a perda foi de R$ 17,2 milhões. No primeiro trimestre de 2011, a empresa de Santa Bárbara D'Oeste (SP) teve lucro de R$ 7,9 milhões, fechando o ano com ganho de R$ 4,3 milhões, desempenho 95% abaixo de 2010.
 
De janeiro a março deste ano, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ficou em R$ 17 mil, queda de 99,8% ante igual período no ano passado. Para o diretor presidente da empresa, Livaldo Aguiar dos Santos, ainda é cedo para falar em recuperação. Ele ressaltou que o prejuízo da Romi nesses três primeiros meses era esperado, com a continuidade da queda nas vendas e da política de descontos para conseguir competir com os importados, mas ele acredita que a conjuntura deve melhorar ao longo de 2012.
 
Por Ana Fernandes / Valor Econômico

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