Regime automotivo virá até o fim de 2012

O governo brasileiro ainda estuda uma nova política industrial para o setor automotivo. Heloísa Meneses, secretária de Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), disse que deve ser encarado como “emergencial” o Decreto 7567, que eleva em 30 pontos porcentuais o IPI para veículos importados de fora do Mercosul e México. Segundo a secretária, o governo irá construir, até o fim de 2012, um regime automotivo de fato, com contrapartidas reais das montadoras. Ela falou que até lá, enquanto estiver em vigor o decreto, não haverá um regime alternativo.

“Não vamos fazer um regime alternativo. A medida deve ser encarada como de caráter emergencial e ponto. Queremos um programa mais estruturante de apoio às montadores e à indústria de autopeças com contrapartidas reais e inovação”, disse a secretária.

Ela afirmou que o governo não deve recuar na decisão de aumentar o IPI para carros importados e fará um acompanhamento em relação ao aumento de preços de automóveis e manutenção do emprego na indústria automotiva. Heloísa Meneses disse que a Anfavea, em nenhum momento, se comprometeu em manter os preços, mas ponderou que o setor “não tem motivo para reajustes”.

Heloísa ainda disse que, apesar de o dólar estar mais alto, o que diminui a competitividade dos importados, a situação internacional ainda exige atenção. “A diferença de competitividade (entre carros nacionais e importados) ainda é muito grande”, avaliou.


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