Gühring aposta nas ferramentas standard para crescer no Brasil

Jorge Jerônimo assumiu a diretoria da Guhring do Brasil em maio deste ano com foco em mudanças de gestão para diversificar o mercado de atuação da empresa. A primeira mudança implantada foi reorganizar a força de vendas para ampliar a participação de outros tipos de produtos no mercado. "Hoje estamos muito focados nas ferramentas especiais, mas temos um catálogo de mais de 40 mil ferramentas standard que temos que explorar." A nova estratégia, de acordo com o diretor, permite à Guhring construir seu próprio mercado, em todo o Brasil, sem depender de oscilações externas.

Para colocar em prática os planos a empresa fez um grande volume de contratação de novos engenheiros, técnicos, vendedores. Uma consultoria foi contratada para treinar os funcionários com uma nova abordagem comercial e o novo posicionamento da empresa. Entre maio e setembro estiveram em treinamento a equipe gerencial e a produção. A partir deste mês será equipe de vendas e engenharia.

O faturamento da Guhring está concentrado em 70% na indústria automotiva e de autopeças. O crescimento do país na exploração de petróleo, da energia eólica e as obras para Olimpíadas e Copa do Mundo são motivos da empresa para apostar no Brasil e são setores onde devem apostar para diversificar a atuação. "Estamos bastante atentos a energia e a construção civil e com a exploração melhor de nosso portfólio podemos aumentar nossa fatia de participação nestes mercados", afirma Jorge Jerônimo.

Em duas semanas Jorge Jerônimo viaja à Alemanha para discutir o planejamento da empresa para os próximos anos e levará algumas propostas de ampliação da unidade em Diadema. "A atual planta já não comporta tudo o que planejamos".

A aposta no crescimento do Brasil também se reflete na possibilidade de transferir a produção de algumas ferramentas para o País. O diretor preferiu não adiantar os modelos, mas este assunto também será tratado na reunião com a matriz.

O objetivo da Gühring do Brasil é atingir participação de 20% do mercado de ferramentas rotativas até 2014, hoje calculada em 9%. A taxa de crescimento projetada no País é 40% ao ano até 2014, período que pretende investir de 8 a 10 milhões de reais. Um dos destinos dos investimentos será a mudança de endereço dentro do Estado de São Paulo e a aquisição de novas máquinas.

A empresa controla todo seu processo de produção de ferramentas e as máquinas usadas, de cinco a 12 eixos, são fabricadas por uma unidade de negócios da própria companhia. "Temos 60 unidades espalhadas em todo o mundo, dessa forma a fabricação de máquinas mantém seus lucros e manter o controle e o know-how de toda fabricação", explica Jerônimo.


Tópicos: