Itália quer aumentar parcerias com o Brasil

Com 48 empresas, o pavilhão italiano é o maior entre os estrangeiros e a maior delegação vinda da Itália em 13 edições da Feimafe. O crescimento econômico brasileiro é um dos fatores mencionados pelo diretor da Associação dos Fabricantes Italianos de Máquinas-Ferramenta, Sistemas de Automação e Robôs (Ucimu), Giancarlo Losma, para a presença na feira. Com um discurso de trazer ao Brasil uma tecnologia de ponta, Losma não quis especificar o tipo de parcerias que as empresas italianas estão buscando, mas reforçou a importância das trocas serem bilaterais para que continuem sendo vantajosas para ambos os lados.

A Itália alcançou em 2010 o segundo lugar entre os principais países fornecedores do Brasil no setor de máquinas-ferramenta, com uma quota de 15,6%, atrás da Alemanha com 16%, o principal concorrente. As principais exportações italianas para o Brasil são máquinas para corte e conformação de chapas.

Pavilhão italiano na FeimafeO Brasil é o sétimo mercado para Itália neste segmento. Em 2010 as exportações italianas para o Brasil cresceram 45% e este ano, as projeções do presidente da Ucimu é que o crescimento atinja 30%. O otimismo com que olham para o Brasil não é o mesmo para com o país de origem, mas Losma nega que a procura por novos mercados seja uma forma de compensação. “A tecnologia brasileira é boa, mas a italiana é melhor e queremos trazê-la ao Brasil.”

Outras nacionalidades
Representantes de outros países, com estandes ou não, também estão presentes na Feimafe. O presidente da Associação Brasileira de importadores de máquinas e equipamentos (Abimei), Ennio Crispino conversou com delegações da República Tcheca e dos EUA. Um dos principais motivos apontados por Crispino pelo interesse estrangeiro no país, além do câmbio, está a saturação do mercado nos países de origem destas empresas.

Entre as orientações que o presidente da Abimei faz aos possíveis novos exportadores para o Brasil é encontrar um representante comercial no País que conheça o mercado dos produtos que pretende trazer. Além disso, o empresário deve voltar ao País com freqüência, dar suporte ao representante e se apresentar aos clientes. “O brasileiro precisa ver para crer. Quer ter detalhes sobre a produção, fábrica, saber de quem está comprando”, avisa Crispino. Por último, o investidor deve pensar seriamente em montar uma estrutura física no país para oferecer assistência técnica e peças de reposição.

De acordo com Ennio Crispino houve uma diminuição das parcerias do tipo Joint Ventures no setor de máquinas-ferramentas. Entre os motivos apontados estão o câmbio, falta de infraestrutura e de vocação do Brasil no setor de máquinas ferramenta para atender o mercado interno e a exportação.


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