Falta de mão de obra especializada afeta 69% das indústrias

Uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional das Indústrias, dia 6, aponta que falta mão de obra qualificada em 69% das indústrias. A pesquisa realizada em janeiro com 1616 empresas. Fizeram parte da pesquisa 221 empresas de grande porte, 464 médias e 931 pequenas, as que mais sofrem com o problema.

O problema atinge empresas de todos os setores da indústria de transformação. A área de produção é a mais afetada com a falta de engenheiros, técnicos e operadores, mas são nessas duas últimas categorias profissionais que o problema é mais disseminado. Quase a totalidade das empresas que enfrentam a falta de trabalhadores qualificados tem dificuldade em encontrar técnicos (94% dessas empresas) e operadores (82%). Uma das principais conseqüências apontadas é a defasagem no aumento da competitividade.

Praticamente a totalidade (99%) da indústria acredita que precisam investir em qualificação, independentemente se atualmente enfrentam problemas de escassez de trabalhador qualificado. Entre as grandes empresas, esse percentual alcança 100%. O investimento em capacitação dentro da própria empresa é a saída encontrada para a maioria, 70% dos entrevistados. Confira na tabela ao lado o indicador de impacto em alguns setores da indústria. O índice vai de 1, afeta pouco, até 4, afeta muito.

A maior dificuldade enfrentada pelas empresas no momento de investir em qualificação é a má qualidade da educação básica. Mais da metade das empresas (52%) apontaram esse como um dos principais obstáculos à qualificação. O receio da empresa em investir na qualificação do trabalhador e perdê-lo para o mercado foi assinalado por 38% das empresas. O percentual alcança 46% no caso das grandes empresas e se reduz para 34% no caso das pequenas.

Os setores de indústria de transformação, com exceção do Refino de Petróleo, afirmaram que tem dificuldades para investir em qualificação, embora tenham interesse. A inexistência de cursos apropriados, apontada por 46% das indústrias de metalurgia de base colocou o setor em destaque. O custo dos cursos também é uma das principais preocupações desta indústria Metalurgia básica e Produtos de metal (entre 36% e 40%, ante uma média de 25% na indústria).
 


                                                                                 


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