Indústria diz que alta da Selic foi exagerada

Entidades representativas da indústria criticaram a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) de elevar a taxa básica de juros (Selic) em meio ponto percentual, para 11,75% ao ano. Para a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o percentual foi exagerado, vide medidas já tomadas pelo BC e indicadores de desaceleração da economia brasileira.

"O aumento nessa magnitude da taxa Selic é um exagero, pois as medidas tomadas pelo Banco Central em dezembro, como o aumento do compulsório, já estão reduzindo a pressão inflacionária. Isso é visível, por exemplo, no mercado de crédito, que diminuiu a quantidade de empréstimos concedidos e encurtou seus prazos, o que fez com que o consumidor gaste menos. Além disso, há sinais claros de desaceleração da atividade econômica, e a atividade industrial está estagnada desde o início do segundo trimestre de 2010", diz a nota da Fiesp.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) foi pelo mesmo caminho e afirmou que o aumento desconsidera a tendência de evolução dos preços reflexo da alta dos alimentos e da desaceleração da economia.

"Há indicadores recentes que confirmam o desaquecimento da atividade, provocado por medidas de restrição ao crédito, pela valorização do câmbio e a elevação dos juros em janeiro", disse o presidente CNI, Robson Braga de Andrade.


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