Lubrificante aumenta rendimento do processo

A água pode causar perdas prematuras de mancais e rolamentos quando lubrificados com produtos inadequados

A lubrificação dos mancais para laminação a quente tem importância fundamental na conformação de aços planos e longos. Para uma operação ideal, o lubrificante deve evitar corrosão, suportar cargas elevadas e alta temperatura e promover a selagem, de forma que os contaminantes, como água e carepa, não entrem no processo.

Quando o lubrificante é ineficiente, a água do processo entra em contato com os mancais e rolamentos, tornando-se bastante danosa. Ao perder suas funções físico-químicas originais, provocada pela lavagem (hidrólise do lubrificante), a graxa não consegue mais cumprir sua função protetora. O resultado é o aumento da temperatura e corrosão, que ao se unir às partículas de carepa desgastam as peças, provocando travamento ou queima do mancal.

Os gastos também são fortemente afetados quando os lubrificantes não cumprem o seu papel corretamente. Se o produto não suportar mais que uma campanha de trabalho sem precisar que seja feito a sua troca, o custo de mão de obra (hora/homem), o consumo do lubrificante e o desgaste das peças aumentam consideravelmente.

Existem, no mercado, lubrificantes de alta performance que costumam ter melhores resultados e maior eficiência. No entanto, o desempenho do produto depende ainda de outros fatores, para que se possa garantir seu perfeito funcionamento. Alguns desses fatores são a análise da água de processo, condições dos rolamentos, posição da montagem dos retentores e a quantidade correta de lubrificantes a ser aplicado.

Dois desses produtos, lançados recentemente, são as graxas Molub-Alloy 860 e Molub-Alloy 4080 da Castrol. Formuladas com base mineral e sabão Complexo de Lítio, com tecnologia de micro partículas de sólidos, fazem o preenchimento dos vales da rugosidade e distribuem uniformemente a carga, proporcionando menor atrito entre as superfícies.

Segundo José Elias Fiorotto, gerente de aplicação da Castrol Brasil, "os lubrificantes foram testados por mais de dois anos em vários laminadores nas mesmas condições para planos e longos, e os resultados foram bastante satisfatórios, tanto no tocante às exigências da aplicação, evitando que a água e carepa entrassem no mancal, como estendeu de uma para dez campanhas o intervalo de lubrificação, em alguns casos chegando até 25 campanhas".


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