Fluidos de corte e suas variedades

Existem vários tipos de fluidos de corte, que devem ser usado de acordo com as necessidades de cada processo

Imagens: Divulgação

O fluido de corte é essencial no processo de usinagem (confira as funções do fluido de corte aqui) mas o tipo certo de material a ser usado vai depender do processo desejado. O fluido pode ser sólido, líquido ou gasoso e são divididos em cinco grupos: soluções, emulsões, óleos, gases e névoas e sólidos.

As soluções são misturas de água e produtos orgânicos e inorgânicos especiais que lhe conferem propriedades úteis para o seu uso como fluido de corte. As soluções não contém óleo na sua composição.

Emulsões (óleos solúveis e fluidos semi-sintéticos)

Mesmo sendo uma expressão imprópria para a solução, afinal o óleo não está solubilizado na água, mas sim disperso devido ao uso de emulsificador, uma forma de emulsão são conhecidas como óleos solúveis. As emulsões ainda contém aditivos que melhoram ou conferem novas propriedades ao fluido.

emulsões - oleos soluveis

Os fluidos semi-sintéticos também são formadores de emulsões mas apresentam uma menor concentração de óleo na emulsão. Isso aumenta a vida do fluido e diminui os riscos à saúde.

Óleos (fluidos integrais)

Os óleos (ou fluidos) integrais são constituídos basicamente de óleos graxos e minerais, que podem ser usados puros, misturados ou com aditivos.


Os óleos graxos, de origem animal ou vegetal, foram os primeiros óleos integrais, mas sua rápida deterioração e alto custo fizeram com que eles fossem substituídos por outros produtos. Atualmente são usados como aditivos de óleos minerais.


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Óleos minerais são derivados do petróleo. O petróleo é uma mistura de hidrocarbonetos (parafínicos, aromáticos, fenólicos), de forma que antes de usá-lo é necessário selecioná-los e purificá-los. Isso é feito em refinarias, de onde se obtém os óleos que formarão a base dos fluidos integrais.

Gases e Névoas

O ar é o mais comum fluido gasoso utilizado, presente até mesmo na usinagem a seco. O ar comprimido é utilizado para melhorar a retirada de calor e expulsão do cavaco da zona de corte. Os fluidos gasosos, com sua menor viscosidade, são mais eficientes na capacidade de penetrar até a zona ativa da ferramenta. Outros gases como o argônio, hélio, nitrogênio e dióxido de carbono também são utilizados para a refrigeração e proteção contra oxidação, porém apenas em casos específicos, visto ser esta uma usinagem pouco econômica.

Névoas e gases são usadas em operações de mecânica de precisão, usinagem de alta velocidade e em QMFC (Quantidade Mínima de Fluido de Corte).

O termo QMFC é empregado para sistemas de névoa onde o consumo na operação permanece abaixo de 50 ml/h de fluido de corte. Nesse tipo de aplicação o fluido é disperso na forma de spray sobre a região que se quer refrigerar ou lubrificar.

As vantagens deste sistema são menor consumo de óleo, o que reduz os custos e os impacos ao meio-ambiente; melhor visibilidade; melhora a vida da ferramenta. Mas em contrapartida, a capacidade de lubrificação e refrigeração são limitadas e se faz necessário um sistema de exaustão.

Sólidos (MoS2)

A pasta de Bissulfeto de Molibidênio (MoS2) pode ser aplicada na superfície de saída da ferramenta com um pincel. Pelas suas características lubrificantes em condições de extrema pressão, tem excelentes resultados.