Evolução dos processos de soldagem por fusão

Veja a evolução dos processos à chama e por arco voltáico

Foto: Divulgação   Arte: CIMM

Os processos de soldagem por fusão se dividem em duas categorias: à chama e a arco voltaico.

No processo de soldagem à chama, a fusão origina-se do calor gerado pela queima de um gás. O material para a soldagem, geralmente um metal, é introduzido separadamente. O processo à chama é um dos mais rudimentares na área de soldagem.

Já na soldagem elétrica a arco voltaico, a fusão ocorre com a alta temperatura gerada pela corrente entre os eletrodos do arco. As vantagens desse tipo de soldagem é que o arco permite obter elevadas temperaturas num pequeno espaço, limitando a zona de influência calorífica. Permite o uso de qualquer atmosfera gasosa, que quando neutra, proporciona menor contaminação do banho metálico.

História da soldagem por arco voltaico
Quem introduziu esse processo à soldagem foi N. R. Bernardos, em 1887. O princípio era um arco voltaico entre um eletrodo de carvão e a peça. Fundia-se o material da zona a unir sem consumir o eletrodo. O material de adição era introduzido separadamente.

Em 1889, Zerener introduziu no processo um segundo eletrodo, fazendo o arco entre os dois eletrodos. Isso permitiu a soldagem de materiais não condutores, pois a corrente não percorria mais a peça. 



O processo de Slavianoff, de 1892 introduziu a conexão elétrica na própria vareta do material de adição, tornando o eletrodo consumível. Em 1905 Kjellberg criou o eletrodo revestido, que permitiu incorporar substâncias, para produzir efeitos especiais na solda. A evolução posterior levou ao uso do arco protegido, primeiro com hidrogênio, depois com gases neutros.



Pouco tempo depois, surgiu a solda com arco protegido a hidrogênio. O processo é conhecido como soldagem com "hidrogênio atômico" ou soldagem "arcatômica" e utilizava um arco voltaico em atmosfera de hidrogênio, entre dois eletrodos permanentes de tungstênio. O hidrogênio se dissocia no arco elétrico, passando para o estado atômico com absorção de energia. Em contato com o metal de solda ou com as peças a unir (mais frios), o hidrogênio volta ao estado molecular, liberando calor e aumentando o rendimento térmico do processo.



A chama produzida pela queima do hidrogênio também contribuía para o rendimento térmico. A fonte de energia era um transformador especial para produzir a alta tensão para acender o arco (acima de 70 volts), mas sem perigo para o soldador.

O processo caiu em desuso quando gases neutros passaram a ser usados como atmosfera de soldagem.

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