Importar aço sai 50% mais barato do que comprar no Brasil


Os fabricantes de máquinas agrícolas decidiram formar um pool para importar aço mais barato. A Câmara Setorial de Máquinas e Implementos (CSMIA), responsável pela iniciativa, calcula que a compra externa conjunta proporcionará a compra de aço com um custo 20% abaixo do praticado no Brasil.

De acordo com vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, as siderúrgicas brasileiras querem aumentar a alíquota sobre a importação do aço, mas o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic) quer reduzi-la.

"Estima-se que sobrem 500 milhões de toneladas de aço no mundo e nossos fabricantes não podem competir com os concorrentes da China e do sudeste asiático", critica o vice da AEB.

Já a CSMIA garante que, no exterior, o aço é vendido a preços até 50% inferiores aos praticados no Brasil. Se verdadeiro, o dado caracteriza uma situação de cartel.

Até o momento, cerca de 30 empresas se cadastraram para fazer parte do pool para importação em conjunto.

O setor de máquinas e implementos agrícolas, excluído o segmento de tratores e colheitadeiras, usa aproximadamente 60 mil toneladas de aço por mês.

Segundo a CSMIA, a siderurgia conseguiu, em 2007, que o governo impusesse taxa alfandegária de 12% para a maioria dos tipos de aço comercializados no Brasil em 2009 e que ainda persiste.


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