Mecminas desaponta expositores

Principal reclamação foi a falta de divulgação

Fotos: Divulgação

A Mecminas, realizada entre os dias 3 e 6 de junho de 2009 no Expominas, em Belo Horizonte, Minas Gerais, deixou a maior parte dos expositores contatados pela redação do portal CIMM decepcionados. A expectativa para a feira era grande, como demonstra o depoimento de Silvio Luis Cozer, gerente comercial da Fobrasa. "Nossa expectativa para a edição é muito boa, já que a feira conta com um público voltado para o segmento, especializado, que estará buscando novidades e produtos de interesse para o seu negócio", acreditava o gerente. No entanto, o registrado pelos expositores foi uma realidade bem diferente da esperada.

Para Valmir Gomes dos Santos, da Empremaq, representante da Clark Machine Tool Suply, que participava pela sexta vez da feira, o grande problema foi a falta de divulgação. A empresa vendeu 3 máquinas, cujo valor fica em torno de 150 mil reais, mas esperavam vender muito mais. Milena Dias, responsável pela área de marketing da metalúrgica Golin, que também participava pela sexta vez do evento, fez uma análise que foi além da falta de publicidade. Para ela, a data de realização da feira foi inapropriada, por ser próxima de um feriado nacional, e além da falta de publicidade, Milena destacou que o número de expositors caiu muito, mas o custo de participação na feira permaneceu  o mesmo.

Mesmo assim, as empresas realizaram vendas. Segundo Alex Silva, da Polymac, a empresa vendeu 3 máquinas que somavam 200 mil reais e esperava fechar mais 3 ainda na sexta. A Versat Máquinas e a Romi foram duas exceções no contexto geral. Ambas declararam terem tido resultados excelentes no evento. Segundo Bruno Severo, da Versat, a empresa vendeu 8 injetoras de plástico no valor de um milhão de reais. Luiz Carlos Sachetto, gerente regional da Romi, preferiu não falar em valores, mas garantiu que a o resultado foi "excelente, muito além da expectativa" da empresa.

Outras empresas, como a Oxipira, que de acordo com Fábio Ferraz, responsável pela área de marketing, vendeu entre 350 e 400 mil reais, apostavam num pós-feira forte. "A feira foi mais fraca, recebemos menos propostas. Ficamos um pouco assustados com os resultados", declarou Fábio. Ele também ressaltou a falta de divulgação do evento e acredita que mais divulgação na região já poderia ter trazido mais propostas para os expositores. "Os negócios que fechamos aqui foram fruto de contatos iniciados anteriormente com clientes aqui de Minas. Mesmo sendo da região eles não sabiam do evento. Ficaram sabendo através de nós e vieram ver os produtos, mas não houve novos contatos", explica.


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