Baixo consumo de aço inibe a produção

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Enquanto o governo federal pressiona empresários para aumentar os investimentos em siderurgia no país, o setor faz as contas e argumenta que não há espaço para o aumento da capacidade na produção de aço, apesar dos sinais claros de recuperação econômica.

Cálculos do Instituto Aço Brasil (IABr, antigo IBS), indicam que o parque nacional, formado por oito grandes grupos, tem hoje capacidade de produção 117% superior à demanda de aço no mercado interno.

O setor, que chegou a reduzir a 47% o uso da capacidade instalada no período mais grave da crise mundial, entre dezembro de 2008 e janeiro deste ano, hoje opera com 78% de utilização. Mas, ainda não há indicações de retorno aos patamares da fase pré-crise, quando o nível de capacidade batia em 90%.

Somadas, as siderúrgicas brasileiras têm condições de produzir atualmente 42 milhões de toneladas de aço bruto por ano e, com novas usinas em fase de conclusão, fechará 2010 com capacidade para 43,5 milhões de toneladas. No entanto, o país só consome menos da metade desse potencial.

No fim de outubro, o instituto enviou a representantes do governo os dados mostrando o excesso de capacidade. Para o vice-presidente executivo do IABr, Marco Polo de Mello Lopes, mesmo o crescimento da demanda provocado pela Copa do Mundo e pela Olimpíada pode ser suprido com a capacidade já existente.


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