Inovação é fundamental

No ciclo de palestras “Investindo em Ideias”, promovido pela AIESEC Florianópolis, quatro experts ensinaram a ter sucesso com um empreendimento 

Fotos: Divulgação

Ter uma ideia genial e inédita não é fácil. Convencer outra pessoa a investir nessa ideia é ainda mais difícil. Mas com empreendedorismo esse sonho pode ser alcançado. Essa foi a mensagem do ciclo de palestras “Investindo em Ideias”, na quinta-feira (27) em Florianópolis.


A partir da esquerda: Gonçalves, da ACATE ; Cazado, do Floripa Angels;
Jacob, da Akakia; Fiates, do Sapiens Park



Os quatro palestrantes foram unânimes: para que alguém invista em uma ideia, ela precisa ser inovadora.

Na opinião de Rui Luiz Gonçalves, presidente da Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE), o empreendedor é um filósofo e precisa estar sempre observando o mundo para reconhecer uma oportunidade, um problema. Depois precisa solucioná-lo e achar quem pague pela sua solução. Para Guilherme Jacob, criador da Akakia, franquia de cosméticos que mais cresce no país, inovação também significa reinventar o que já se tem.  

O diretor executivo do Sapiens Park S.A., José Eduardo Fiates, concorda com Jacob. Para ele, os projetos inovadores seguem uma curva em “S”. Quando o crescimento de recursos se estabiliza é preciso outra inovação. “É assim em qualquer empreendimento, inclusive no casamento. Não quer dizer que você tenha que trocar de mulher toda vez que estabiliza”, brinca Fiates, “mas precisa de um novo projeto, uma novidade: uma inovação”.

Gestão
Depois de ter uma ideia inovadora, é preciso desenvolvê-la. Para isso é preciso de investimento, tanto em capital, quanto em trabalho intelectual. “A gente subestima o tempo e os problemas”, admite Gonçalves. Segundo ele, um empreendedor precisa ter direção, foco, objetivo claro e persistência. Ele garante que mesmo no Google é possível ter ferramentas de gestão de negócios e essas ferramentas devem ser usadas antes de iniciar o empreendimento.

Fiates acresenta que é preciso estratégia, modelo de gestão e coragem para que o empreendimento gere resultados. Para ele, o Vale do Silício, nos EUA, é um bom exemplo. Lá os empreendedores acadêmicos e da iniciativa privada trabalham em conjunto.
Para Jacob, mesmo com tudo isso, ainda é necessário um ingrediente: “tem que ter sorte”, destaca o empresário.

Vender a ideia
Os investidores podem ser os mais diversos: bancos de fomento, fundos de invetimento, incubadoras, ou algum grupo de investimento privado como on chamados “anjos”. Esses grupos contam com executivos experientes à procura de novos desafios e com capital para investir.

“Quando se traz sócios capitalistas para a empresa, o percentual é menor. Mas a chance de dar certo e os lucros também são maiores. Todo mundo ganha mais”, explica Marcelo Cazado, fundador de um desses grupos, o Floripa Angels. Cazado explica que além da ideia inovadora, é preciso de algo concreto para conquistar o investidor. Esse algo concreto é o modelo de gestão e o produto que essa ideia vai gerar.

Gonçalves, da ACATE, destaca que um protótipo que funcione é fundamental.

Cazado ainda dá mais uma dica que ele chama regra do 10/20/30. Na abordagem inicial, sua apresentação deve ter 10 slides, sua fala 20 minutos e o tamanho da letra da apresentação deve ser 30. “Não escreva muito no primeiro contato. Aquele arquivo de cem páginas do Word, deixe para mandar depois de ter conquistado o investidor”, ensina o executivo.
 
Resultado
“Mesmo depois de uma ideia inovadora, não se está garantido. Amanhã tem alguém que faz a mesma cois de graça”, alerta Gonçalves. Não existe ponto de chegada para o empreendedor, é um esforço contínuo. “Quando está quase alcançando um sonho, um bom empreendedor já tem mais dois ou três sonhos no bolso”, garante Jacob.

Para assitir
Quer saber como empreendedores famosos conseguiram investimento? Um boa dica é o filme “Piratas do Vale do Silício” (1999), da TNT, dirigido por Martyn Burke. O filme conta a história de Bill Gates e Steve Jobs, fundadores da Microsoft e da Apple, respectivamente.

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