Resíduos de cebola são transformados em eletricidade

Fotos: G1

A Gills Onions, da Califórnia, Estados Unidos, empresa que produz e comercializa cebolas - fatiadas, picadas, em pedaços e sob a forma de purê - introduziu um sistema que transforma, diariamente, cerca de 136 mil quilos de resíduos dessa produção em eletricidade.

O sistema utilizado é conhecido como Aers - Sistema de Recuperação Avançada de Energia, na tradução para o português. É um digestor anaeróbio (sem a presença de ar) que produz biogás a partir de resíduos de cebolas amassadas e desfiadas. Após esse procedimento, há uma conversão do biogás para metano, principal componente do gás natural. O metano é então colocado dentro de uma célula combustível, que o transforma em energia.



Antigamente, os resíduos da produção de cebola da Gills Onions eram encaminhados para decomposição nos campos da produtora. Em termos de sustentabilidade, o método utilizado já devolvia para o solo o que não era aproveitado para comercialização, entretanto a presença de insetos na área era frequente.

Por essa razão, investiu-se cerca de 9,6 milhões de dólares para a implantação do Aers. A empresa teve uma ajuda da Companhia de Gás do Sul da Califórnia, que acreditou na ideia e colaborou com 2,7 milhões de dólares.

Apesar da elevada quantia, o sistema possibilitará à produtora de cebolas economizar, anualmente, 700 mil dólares em energia elétrica. Além disso, os ganhos ambientais também se destacam: de 35% a 40% da eletricidade da empresa será produzida pelo sistema Aers, cortando as emissões de CO2 em até 30 mil toneladas por ano.