Expectativa positiva na abertura da FEIMAFE

Representantes do setor falam em entrevista coletiva na abertura do evento

Fotos: CIMM

A 12ª FEIMAFE - Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta -  começou hoje no Pavilhão do Anhembi e as expectativas são positivas para o resultado da feira.
 
Em entrevista coletiva à imprensa Hércules Ricco, show manager da Reed Exhibitions Alcantara Machado, e Juan Pablo de Vera, diretor-geral da Reed Exhibitions Brasil - organizadora do evento - José Duílio Justi, presidente do Sinafer - Sindicato da Indústria de Artefatos de Ferro, Metais e Ferramentas em SP, Roberto Schafer, presidente da Câmara Setorial de Máquinas-Ferramenta da Abimaq e Luiz Aubert Netto, presidente da Abimaq - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, falaram sobre a situação atual do setor e a importância da feira nesse contexto.
 
Roberto Schafer destacou que, junto com o Sinafer, a FEIMAFE mostra o grau de tecnologia a que chegamos e a maneira como essa tecnologia pode ser revertida em benefícios inclusive para a saúde do ser humano.
 
 
Juan Pablo de Vera, representante da Alcântara Machado

Schafer também reafirmou a posição de muitas pessoas do setor, como Thomas Lee, presidente da Abimei (Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais) e Décio Lima, presidente geral da DMG, de que em 2009 as vendas retornariam para os patamares de 2007. Considerando que 2008 foi um ano atípico, com o setor de vendas muito aquecido, o retrocesso, ainda que desanimador, não representa danos tão graves ao setor.
 
Luiz Aubert Netto destacou a relação de respeito buscada pela feira com os expositores e visitantes e agradeceu a coragem do empresariado brasileiro, que, apesar da crise, acredita no país. Aubert divulgou os dados do primeiro trimestre de 2009. Entre janeiro e março deste ano as vendas de máquinas e as exportações caíram 25%. Já as importações de máquinas subiram 6%.
 
Aubert acredita que isso se deve ao câmbio. Quando o dólar sobe o setor fica prejudicado, segundo o representante da Abimaq, porque os países com quem o Brasil concorre, como a Rússia e a Índia, trabalham com câmbio fixo. "O dólar a 2 reais é tóxico para nós e péssimo para a indústria brasileira" declarou o presidenta da Abimaq.

O presidente da Abimaq acredita que o câmbio pode ser um fator decisivo na perda de competitividade do setor, junto com a tributação da compra de máquinas. "O Brasil é o único país do mundo que tributa a compra de máquinas" enfatizou.
 
Quando questionado sobre a ausência dos bancos na feira, Aubert disse que o importante é que o BNDES está presente, e que isso não afeta a realização de negócios porque quando uma empresa compra uma máquina ela o faz pelo banco com quem já trabalha.
 
Os organizadores da feira destacaram que os bancos também estiveram ausentes da Brasilplast, realizada de 4 a o 8 de maio, e mesmo assim a repercussão da feira é positiva, com negócios da ordem de 12 milhões de dólares realizados durante o evento. 


Representantes do setor se reúnem na 12ª Feimafe


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