Divisão de corte a laser da Mitsubishi chega ao Brasil

Foto: Divulgação

Depois de dois anos estudando o mercado nacional, a companhia traz para o país a MC Machinery Systems, divisão de máquinas de corte a laser. A inauguração oficial aconteceu no dia 1º de abril, mas os produtos da empresa já estão sendo comercializados há um ano. “Temos algumas máquinas vendidas”, revela Ângelo Kawaguchi, gerente da filial brasileira.

O Grupo enxerga na indústria nacional um mercado fértil para expandir tecnologia e investiu cerca de R$ 3 milhões para a construção de uma estrutura regional. A unidade está instalada em São Paulo, capital, e, além de abrigar a administração dos negócios da empresa no Brasil, comporta a equipe de assistência técnica, estoque de peças de reposição e um show room com três máquinas em funcionamento: duas de eletroerosão e uma da linha de corte a laser.

“A Mitsubishi fez um estudo muito cauteloso do mercado nacional antes de trazer a empresa para o país e quer iniciar os negócios com os serviços de atendimento e assistência técnica estruturados”, explica Kawaguchi. Segundo o executivo, não há fabricantes de máquinas de corte a laser no Brasil e poucas importadoras dispõem dos recursos necessários para trazê-las ao país.

“Qualquer problema que um cliente tiver com o nosso serviço afeta a imagem do Grupo Mitsubishi. Por isso, estamos trabalhando muito para atender o mercado da melhor forma possível. Queremos nos tornar, em pouco tempo, o maior fornecedor de laser do Brasil”, ambiciona Kawaguchi.

O gerente conta que a confiança de que o objetivo é possível é tanta que o Grupo Mitsubishi reduziu investimentos em todo o mundo após a crise, mas manteve o aporte no Brasil para trazer as linhas de corte a laser. Um dos pontos a favor que a MC Machinery Systems tem para se destacar no fornecimento de máquinas é a diversidade de usos e aplicações dos produtos que comercializa.

Segundo ele, as máquinas têm performance ideal em processamento de chapas finas e médias, o que atende desde a indústria de móveis de aço inox para cozinha até a indústria automotiva, passando pela área de eletrodomésticos e linha marrom. “Temos o mesmo espaço no mercado que as máquinas de corte físico, mas, com o laser, o cliente dispensa o uso de moldes e tem um desempenho melhor – agregando velocidade e precisão. É uma tecnologia que deve ganhar muito espaço no Brasil”, aposta.

O executivo explica que ainda não é possível prever quanto a companhia pode crescer neste ano de chegada ao Brasil por conta da incerteza dos mercados com a crise econômica internacional, mas destaca que a expectativa é positiva. “Mesmo sabendo que não vamos voltar tão cedo ao ritmo acelerado de 2008, esperamos ver logo uma reação.

Com a economia voltando ao normal vamos poder verificar com mais precisão o nosso potencial de crescimento na indústria nacional”. Ele acredita que o impulso para a retomada da venda de máquinas será a Feimafe, principal feira do setor, marcada para maio. “Vamos marcar presença com um espaço de 150 m2 e muito entusiasmo para os negócios”, conclui.

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