Empresas participarão de pesquisa sobre tecnologia

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Cerca de 500 empresas do setor metalmecânico da região do ABC paulista serão submetidas a pesquisas para que suas demandas na área de tecnologia e inovação sejam descobertas e que, desta maneira, consigam se tornar mais competitivas no mercado. A iniciativa faz parte do Cestec (Centro de Serviços em Tecnologia e Inovação do ABC).

O levantamento, que já está em desenvolvimento em cerca de 60 empresas, é realizado por pesquisadores da USCS (Universidade São Caetano do Sul) e faz parte da primeira etapa do processo de implantação do Cestec. “O nosso objetivo é ligar as empresas que detêm a demanda com os institutos que possuem conhecimento tecnológico. Nós vamos articular este contato entre as duas partes”, explica Paulo Íris Ferreira, da Agência de Desenvolvimento Econômico do ABC.

O projeto conta com o apoio do Sebrae Nacional e o Sebrae São Paulo, do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), do Fumin (Fundo de Investimentos Multilaterais) e do governo da região de Marche, na Itália. “Das quase 3 mil empresas do setor na região, escolhemos 500 para participar do projeto, a maioria de porte micro, pequeno e médio”, lembra Ferreira. A intenção é fazer com que elas melhorem a qualidade de seus produtos, assim como adequá-los a outros mercados e, com isso, conseguirem competir com grandes corporações, que detém maior facilidade em alcançar conceitos tecnológicos e que na maior parte dos casos dominam as vendas.

A metodologia da pesquisa envolve um contato inicial com o empreendedor por telefone para agendamento de uma entrevista a ser realizada na empresa. Os dados fornecidos pelos empresários são confidenciais. O sucesso do mapeamento dependerá da receptividade dos empresários. O levantamento inicial está previsto para ser finalizado em abril.

A primeira etapa do projeto consiste na identificação do mercado de serviços tecnológicos e no levantamento das necessidades das empresas. Em seguida, está prevista a implantação de um Ponto de Atendimento e , por último, serão promovidos serviços para incentivar o intercâmbio de conhecimento e informações. “Pretendemos realizar workshops, rodadas de negócios e tecnológicas, além de, mais para frente, expandir o projeto para outros segmentos, como plástico e cosméticos, também importantes para a região”, completa.

Projeto piloto

Uma pesquisa já foi aplicada a um grupo de 10 indústrias do setor, todas participantes do APL (Arranjo Produtivo Local) Metalmecânico. Desta maneira já foi possível identificar demandas por serviços e oportunidades de inovação tecnológicas nessas empresas.

Uma das participantes foi a Ecus ABC, localizada em Mauá. Ela havia desenvolvido uma nova peça, mas não havia tecnologia para aperfeiçoá-la e fazer com ela pudesse ser utilizada. A partir do contato com institutos de pesquisas, será possível inserir a peça no mercado.

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