Receita operacional líquida da Romi tem alta de 10,1%

Máquinas para plásticos foi o segmento mais lucrativo da empresa

Foto: Romi

A Indústrias Romi S.A. - líder nacional nos mercados de máquinas-ferramenta e máquinas para plásticos, listada no Novo Mercado da Bovespa (ROMI3) - encerrou o ano de 2008 com receita operacional líquida de R$ 696,1 milhões. Esse valor é 10,1% superior ao registrado no ano anterior. A receita operacional líquida no ano cresceu nos três segmentos em que a empresa atua: máquinas para plásticos, com alta de 22,9%, peças fundidas e usinadas de ferro, 15,4%, e máquinas-ferramenta, 5,6%.

Impactado pela desaceleração econômica do último trimestre, o lucro líquido da empresa ficou em R$ 113,83 milhões, com queda de 8,8% em relação a 2007. O EBITDA, indicador de geração de caixa que mede os lucros antes da dedução de juros, impostos, depreciação e amortização, foi de R$ 122,31 milhões, com queda de 8,9%. A margem líquida foi de 16,4%, frente a 19,7% em 2007, e a margem bruta atingiu 40,2% ante 43,1% no ano anterior.

"As vendas no quarto trimestre, foram afetadas pela crise de confiança no Brasil que provocou uma retração nos negócios", diz o diretor-presidente da Romi, Livaldo Aguiar dos Santos.

Mas, apesar da crise mundial, a receita da Romi no mercado externo alcançou R$ 37,7 milhões nos últimos três meses do ano, com alta de 68% em relação a igual período de 2007. Em dólar, a elevação no período foi de 30,0%, atingindo US$ 16,5 milhões. No ano, a receita foi de US$ 57,3 milhões, com elevação de 35% sobre os 12 meses anteriores.

"Isso demonstra a competitividade dos nossos produtos no mercado externo", diz o diretor-presidente da Romi. "No mercado interno, a empresa aproveitou muito bem o ambiente favorável e os negócios gerados até setembro, que resultaram na elevação de 14,7% na entrada de pedidos nos nove primeiros meses do ano", ressalta.

O diretor-presidente salienta que, apesar do momento, a empresa está confiante e preparada para aproveitar as oportunidades de mercado. Ainda neste semestre, a Romi inaugura a primeira fase de expansão de sua Fundição, que ampliará a capacidade produtiva de 40 mil para 50 mil toneladas anuais. Além disso, acabou de aumentar sua gama de máquinas para plástico, com a aquisição de tecnologia de sopradoras de PET (Politereftalato de etila). "Esse negócio está em linha com a estratégia da companhia de oferecer um portfólio de produtos mais amplo no mercado, com o objetivo de ganhar market share", afirma.

 Destaques do trimestre

  • A carteira de pedidos na unidade de máquinas-ferramenta no quarto trimestre cresceu 19,0% em relação ao mesmo período de 2007. A unidade é responsável por 71% de todos os pedidos em carteira da Romi. A entrada de pedidos caiu 1,3% em 2008 comparado ao ano anterior. Os principais clientes dessa unidade foram os segmentos de prestação de serviços de usinagem, automotivo leve e comercial,indústria de máquinas e equipamentos e setor de ferramentaria.
  • A receita operacional do segmento de máquinas para plástico em 2008 atingiu R$ 128,1 milhões, com alta de 22,9%, apresentando a maior variação porcentual de faturamento no ano de 2008 dentre as unidades de negócios da Romi. O desempenho deveu-se à inclusão da nova linha de máquinas sopradoras e à consolidação da Romi Itália. A participação dessa unidade na receita total da companhia foi de
  • 18,4% em 2008 frente a 16,5% no ano anterior. Seus principais clientes foram os setores automotivo, de embalagens, prestação de serviços, utilidade domésticas, construção civil, de móveis e eletroeletrônicos.
  • As vendas da unidade de Fundidos e Usinados cresceram 3,1% em 2008, atingindo 21.436 toneladas; A participação dessa unidade na receita total da empresa foi de 18,4%, frente a 17,4% no período anterior. Os setores compradores que mais se destacaram foram os de caminhões, automóveis, equipamentos para geração de energia, máquinas agrícolas e bens de capital.
  • Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento de tecnologia foram de R$ 28,8 milhões em 2008, um incremento de 9,5% sobre os valores do exercício anterior, fruto da preocupação da empresa com inovação e desenvolvimento de novos produtos. A receita operacional líquida decorrente de novos produtos foi de R$ 270 milhões, o que representou, em média, 38,9% da receita operacional líquida total.
  • A Romi investiu R$ 123,3 milhões em imobilizado, com alta de 345% sobre 2007. Os recursos foram utilizados para atualizar e modernizar ainda mais o parque industrial de máquinas-ferramenta e na construção de uma nova unidade de Fundidos e Usinados.
  • Para 2009, a empresa deve investir R$ 75 milhões, com apoio financeiro do BNDES, para concluir obras de infraestrutura, ampliação da unidade de máquinas-ferramentas pesadas e construção da primeira etapa da nova fundição.
Glossário
  1. EBITDA = lucro operacional antes dos juros, impostos, depreciação e amortização, ajustado pelas despesas da Oferta Pública de Ações
  2. EBIT = lucro operacional, ajustado pelas despesas da Oferta Pública de Ações

Sobre a Romi

A Indústrias Romi (Bovespa: ROMI3) foi fundada em 1930 e é líder no mercado brasileiro de máquinas e equipamentos. Companhia aberta e desde março de 2007 listada no Novo Mercado da Bovespa, fabrica: máquinas-ferramenta, com destaque para tornos e centros de usinagem; máquinas injetoras e sopradoras de plástico; sistemas de usinagem de furos de alta precisão Romicron®; e peças de ferro fundido cinzento, nodular e vermicular, fornecidas brutas ou usinadas. Seus produtos e serviços estão presentes em todos os continentes e são utilizados pelos mais diferentes segmentos produtivos, como as indústrias automobilística, de bens de consumo em geral, de máquinas e equipamentos industriais e de máquinas e implementos agrícolas.

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