Os fluidos de corte são modificados com aditivos - compostos químicos que melhoram propriedades inerentes aos fluidos, ou lhes atribuem novas características. Em geral, esses aditivos caem em uma das duas classes:

  1. Aqueles que afetam uma propriedade física, como viscosidade;
  2. Aqueles cujo efeito é puramente químico, como anticorrosivos e anti-oxidantes.

 

Por exemplo, óleos com aditivos de extrema pressão (EP) são compostos de enxofre, cloro, ou fósforo, materiais que reagem em altas temperaturas (200ºC a 1000ºC) e formam, na região de corte, sulfetos, cloretos, ou fosfetos que, por sua vez, constituem uma película anti-solda na face da ferramenta. Esta película minimizando a formação do gume postiço.

As qualidades exigidas variam de acordo com a aplicação e, às vezes, são até contraditórias. Não existe um fluido de características universais, que atenda a todas as exigências. No desenvolvimento de meios lubri-refrigerantes, a melhoria de certas qualidades, como no caso do uso de aditivos, frequentemente induz à piora de outras. Daí a necessidade do estudo de cada caso por especialistas, para a seleção do tipo de lubri-refrigerante mais adequado.

Em adição às propriedades de lubrificar e refrigerar, os fluidos de corte devem ter ainda as seguintes:

  • propriedades anticorrosivas
  • propr. antiespumantes
  • propr. antioxidantes
  • compatibilidade com o meio-ambiente
  • propriedades de lavagem
  • alta capacidade de absorção de calor
  • alta capacidade de umectação
  • boas propriedades antidesgaste
  • boas propriedades antisolda ou EP
  • estabilidade durante a estocagem e o uso
  • ausência de odor forte e/ou desagradável
  • ausência de precipitados sólidos ou outros de efeito negativo
  • viscosidade adequada
  • transparência, se possível

Segue abaixo uma tabela comparativa de algumas características gerais dos 3 principais tipos de fluidos de corte.