Petrobras une pólos petroquímicos de Pernambuco

Companhia Integrada Têxtil e a PetroquímicaSuape ficarão sob a mesma gestão

Foto: Divulgação

Depois da saída da Vicunha, o último sócio privado do pólo petroquímico de Pernambuco, a Petrobras reorganizou seus negócios no complexo que está sendo construído no Estado. Antes companhias independentes, a Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco (Citepe) e a PetroquímicaSuape ficarão sob a mesma gestão, unidas por uma holding.

A medida tem como objetivo a racionalização de recursos em áreas como administração e compras, que estão sendo unificadas, explicou Richard Wald, diretor-superintendente do complexo. Busca-se também maior sinergia nas linhas de PTA (ácido tereftálico purificado), PET (plástico) e filamentos têxteis, já que todas fazem parte da mesma cadeia de produção.

É com essa nova estrutura que a Petroquisa, subsidiária de Petrobras, busca um novo sócio para o projeto. Até setembro, a Vicunha detinha metade da PetroquímicaSuape e 60% da Citepe. Agora, novos acionistas terão uma fatia de uma holding que controla ambos os negócios, além da parte de PET.

A intenção da Petroquisa não é ficar sozinha no projeto de R$ 4 bilhões. Por isso, após a desistência da Vicunha, a companhia iniciou negociações com outros potenciais acionistas. Entre eles está a indiana Reliance, que até o início de fevereiro deve definir se participa ou não do empreendimento. "Mesmo com a crise, a intenção dela é ser sócia. O que muda é o grau de participação dela", diz Wald.

A Petroquisa projeta deter 40% do complexo petroquímico. Por isso, pode se tornar necessária a entrada de um terceiro sócio para fechar o quadro acionário da companhia. Para isso, a Petrobras vem mantendo negociações com fundos de pensão e bancos de investimentos brasileiros.

A fase inicial de terraplenagem e compra de equipamentos está sendo em curso. A parte do projeto mais adiantada é a de PTA, que já inicia as fundações da obra. Mas, segundo Wald, o complexo todo entra em operação até o segundo semestre de 2010. O segmento têxtil inicia seis meses antes.


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