GM prevê crescimento menor para vendas em 2009

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As vendas da General Motors no Brasil crescerão em um ritmo muito menor em 2009, e as exportações de sua produção brasileira serão afetadas pela crise financeira, disse o chefe-executivo da companhia no país na terça-feira.

Jaime Ardila afirmou que o mercado brasileiro para a GM deve crescer 5 por cento em 2009, contra um aumento esperado de mais de 20 por cento para este ano.

Ardila disse também que as exportações da unidade brasileira serão afetadas "por causa de uma redução da demanda externa".
"Para nós ainda é um patamar muito bom", disse o executivo sobre o crescimento previsto para 2009.

Neste ano, a GM do Brasil deve vender cerca de 600 mil unidades, entre mercado interno e exportações, o que representa um crescimento de um pouco mais de 20 por cento sobre 2007.

Com relação às exportações, a empresa previa fechar o ano com 90 mil unidades embarcadas. Mas, por conta da redução da demanda causada pela crise, o número deve cair para 80 mil, de acordo com Ardila. Para 2009, ele estima uma exportação de 75 mil veículos.

"As exportações não são a parte importante do negócio", disse Ardila. "Essa perda das exportações, de 10 mil unidades, a maioria vai ser absorvida pelo mercado doméstico."

O executivo afirmou ainda que a recente alta do dólar deve incentivar as exportações, ao mesmo tempo em que não terá um grande impacto nos custos de produção, porque 95 por cento da autopeças usadas para produzir os carros exportados são nacionais.

Com relação à crise que atingiu os mercados globais nas últimas semanas, ele afirmou que "até agora o impacto tem sido relativamente reduzido" no Brasil. Segundo ele, para ajustar a produção à redução da estimativa de exportações, a GM do Brasil está concedendo férias coletivas a alguns funcionários.

Segundo o executivo, o aperto do crédito deve levar a taxas maiores e prazos menores, obrigando os compradores a dar uma entrada maior ao comprar um automóvel. Ele disse também acreditar em um "pequeno aumento nas parcelas".

Sobre o mercado argentino, Ardila previu um crescimento de 3 por cento para o ano que vem. E os outros mercados da região, disse ele, "não devem crescer".

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