Balanço da Usinagem 2008 divide expositores

Para algumas empresas a feira foi ótima, já para outras...

Fotos: CIMM e YG1

A Usinagem 2008 terminou ontem no Expo Center Norte, em São Paulo, deixando impressões diferentes nos expositores. Priscila Maia, gerente comercial da Atlas Máquinas e Edson Moraes, da Deb´Maq concordam que a feira surpreendeu e apesar do momento econômico difícil - com a alta do dólar e a crise internacional - foi excelente para fechar negócios.

Só a Deb´Maq vendeu 18 convencionais e CNC durante a feira e teve ainda muitas outras consultas de clientes que podem se concretizar no pós-feira. Moraes ressaltou que o público desta edição lhe surpreendeu. Ele acredita que houve muito mais visitantes do que nas edições anteriores e disse que o investimento em um estande grande e logo no começo da feira foi compensado. Priscila acredita que o diferencial foi o fato dos visitantes serem um público selecionado do setor metal-mecânico.



João Fernando de Souza, vendedor da Dow, que participou da Usinagem como expositora pela primeira vez este ano, acredita que o evento foi muito importante para o relacionamento com os clientes. A Dow era a única empresa da área de designed polymers na feira, e a sua participação, segundo João, tem o intuito de mostrar aos clientes a importância do setor para os negócios da empresa. A Dow também aproveitou a feira para lançar um novo inibidor de corrosão para ligas.

Walter Campos, da YG1 e Vanderlei Roncon, da Romi fazem parte do coro dos insatisfeitos com a feira. Campos acredita que a oportunidade foi excelente para consolidar a imagem da YG1, que está a apenas um ano no Brasil, entre os clientes, mas acha que a feira foi muito curta para um investimento tão pesado, e que o tempo de exposição poderia ser maior, já que, na segunda-feira, o movimento, como de praxe, foi fraco e os visitante vieram em peso na terça e na quarta-feira.

Apesar de satisfeito com a receptividade do mercado brasileiro aos produtos da YG1, Campos acredita que a rede de relacionamentos da empresa está se formando agora. Desse ponto de vista, a participação em eventos do setor é fundamental. A linha de fresas X 5070 foi o grande destaque da empresa do evento. O produto, que tem um acabamento em azul, chamou a atenção dos visitantes pela sua aparência e também pela capacidade de trabalhar materiais que tenham entre 50 e 70 HRc.


Fresas X5070

Vanderlei Roncon, da Romi, que não vendeu nenhuma máquina durante o evento, acredita que o momento econômico está dificultando os negócios, que sofrem com o dólar alto e o aumento no preço das máquinas. Para ele a data da realização da feira, logo depois das eleições, também não foi um bom momento para realizar a feira, que talvez tenha recebido menos pessoas do que receberia se não fosse a chuva que tem caído todos os dias em São Paulo.

Roncon admite, no entanto, que a Usinagem nunca é uma boa feira para a Romi, que costuma investir em estandes grandes e bem localizados e participou com um estande menor na Usinagem. Para Roncon feiras como a Feimafe é que trazem bons resultados para a empresa. Mesmo assim, setembro foi um mês excelente para Romi, com bom volume de vendas.

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