Bolsa de Londres estuda criar mercado para finanças verdes

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A conselheira delegada da LSE (London Stock Exchange), a empresa proprietária da Bolsa de Valores de Londres, Clara Furse, apoiará os planos da oposição conservadora para criar um mercado financeiro destinado às companhias relacionadas com o meio ambiente, afirma nesta segunda-feira (25) o jornal "Financial Times".

O responsável de economia do Partido Conservador, George Osborne, apresentará na quarta-feira (27) no Parlamento um plano para transformar Londres em um líder mundial "indiscutível" nas finanças "verdes".

Os conservadores vão propor uma redução de impostos e um regime regulador flexível para incentivar as empresas a cotar em um mercado que se chamaria GEM (Green Environmental Market).

Este mercado se desenvolveria junto ao AIM, no qual se negociam as ações de pequenas companhias que buscam o acesso a mercados maiores e que atualmente conta com cerca de 50 empresas de tecnologia ambiental.

Os conservadores pretendem que Furse contribua com sua experiência como máxima dirigente da LSE.

A oposição considera que este mercado ajudaria o Reino Unido a alcançar seu compromisso de aumentar o uso das energias renováveis a 15% do consumo total até 2020. Também contribuiria para fornecer fundos às companhias britânicas do setor.

O jornal afirma que, com esta medida, Osborne pretende reforçar as relações do Partido Conservador com Londres, cada vez mais crítica em relação ao governo, especialmente devido a sua intenção de reformar o imposto sobre lucro e de estabelecer um novo encargo aos residentes não domiciliados no Reino Unido.

Esta nova iniciativa se somaria ao desenvolvimento de oportunidades de negócios alternativos - como finanças islâmicas - em Londres.

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